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O caminho trilhado pela autora para superar as deficiências físicas que a impediam de ser mãe mostra ao leitor o quanto a busca pelo autoconhecimento é um movimento solitário, persistente e contínuo da consciência que quer evoluir. Esse caminho, que cruza a autoaceitação, exige mais disciplina e determinação dos seus empreendedores na medida em que assumem as suas escolhas, fora do escopo da massificação cultural e social pela qual somos fisgados, e, aqui, sim, sem qualquer escolha, e na qual a maternidade é um valor incontinenti. Já nos primeiros capítulos, notamos, contudo, a preocupação da autora em criar um colóquio reconciliatório consigo mesma e para com os demais, que viveram ao seu lado a fase dos embates pro-maternidade.
É possível que o trauma da obnubilação, da qual emergiu para superar seu drama pessoal, tenha perdurado até o momento em que a autora deixou de se ver como uma consciência intrafísica e transitória e passou a enxergar mais claramente a sua condição de consciência pluriexistencial, com uma programação de vida que não incluia a maternidade. Esse rompimento do que deveria-ser para o que de-fato-é foi doloroso, mas, enfim, bem sucedido. Os amparadores olham o futuro; os assediadores, o passado. Afinal de contas, não é evolutivo só fazermos aquilo que queremos, mas, sobetudo, o que precisa ser feito.
O livro está disponível nas principais livrarias, mas pode também ser adquirido no site da Hama Editora http://www.hamaeditora.com.br/index.php e na livraria do CEAEC (Centro de Altos Estudos da Consciência), em Foz do Iguaçú.
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