Enquanto a crença é a base das religiões, ela é totalmente desconsiderada na ciência. No processo laboratorial a experiência é o único caminho para a evidência. No entanto, para a comprovação de uma evidência precisamos fazer uso do discernimento. A evidência nada mais é do que um fato confirmado. Quando julgamos a veracidade de um fato tomamos por base duas premissas essenciais: primeiro, a verdade observada na nossa experiência e, segundo, a verdade observada na experiência de outros. Nessa equação cria-se a verdade relativa de ponta, não determinista e definitiva, mas a verdade até aquele momento da realidade. É o discernimento que aceitará a verdade relativa de ponta com base nos fatos.
A vivência da reencarnação na vida física, para aquele que a experimenta, deixou há muito de ser uma teoria para se estabelecer como uma prática evolucionária multidimensional.
A teoria da reencarnação existe apenas para os céticos que ainda não passaram pela experiência pessoal de comprovação do processo reencarnatório, e que tampouco até o momento aceitaram como verdade a experiência dos outros. Tal teoria é somente válida para aqueles que monoideísticamente colocam a reencarnação no mesmo conjunto de crenças pregados pelas religiões e defendido pelo misticismo. Obviamente, esse obstáculo cresce em primeiro lugar culturalmente. A vivência da reencarnação na vida física, para aquele que a experimenta, deixou há muito de ser uma teoria para se estabelecer como uma prática evolucionária multidimensional. Vivemos na presente vida física a versão mais atualizada de nós mesmos, num movimento continuamente evolutivo. Qualquer outra hipótese faria a realidade jogar dados com o universo.
Embora a reencarnação seja um dos pontos fundamentais do Espiritismo, Hinduísmo, Budismo, Jainismo, Rosacrucianismo, da Teosofia, da filosofia platônica e do Cristianismo esotérico há na maior parte das religiões referências que poderiam lembrar a reencarnação. Diversos estudos a respeito da reencarnação datam dos seis primeiros séculos da nossa era, época em que o conceito era admitido por muitos cristãos. Só após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja. Orígenes (185-253 d.C.) influenciou bastante a teologia cristã com a idéia da reencarnação. Os escritos de Gregório de Nisa, um Bispo da igreja cristã no século IV, também defenderam o conceito de renascimento da alma. Na Bíblia, passagens do Novo Testamento, como Mateus 11:12-15, 16:13-17 e 17:10-13, Marcos 6:14-15 e 18:10-12, Lucas 9:7-9 e João 3:1-12 dão conta não apenas da imortalidade da alma, como de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação. E mesmo a tradição judaico-cristã, que hoje nega a reencarnação, apresenta provas históricas de que a evidência reencarnatória contava com adeptos no antigo Judaísmo.
A ideia da reencarnação, chamada gilgul, tornou-se comum na crença popular, como pode ser constatado na literatura iídiche entre os judeus Ashkenazi. Entre poucos cabalistas, prosperou a crença de que algumas almas humanas poderiam reencarnar em corpos não-humanos. Essas ideias foram encontradas em diversas obras cabalísticas do século XIII, assim como entre muitos escritos místicos do século XVI. A coleção de histórias de Martin Buber sobre a vida de Baal Shem Tov inclui várias que se referem a pessoas reencarnando em sucessivas vidas.
A reencarnação, ou ressoma, é atualmente estudada pelas neo-ciências Projeciologia e Conscienciologia com grande profundidade, dentro da especialidade Holorressomática, que estuda os campos da Intrafisicologia, Extrafisicologia, Parassociologia e Paracronologia. O estudo experimentológico tem não apenas nas vivências extracorpóreas, ou projetabilidade, sua fonte de pesquisa, mas igualmente inclui no entendimento holossomático da consciência as vertentes multidimensionais e pluriexistenciais. Portanto, o autoconhecimento da consciência não pode ser levado em consideração sem as variáveis multidimensionais, onde a série de vidas intrafísicas é a chave para a compreensão das origens das caracteríisticas da personalidade ora vigentes, determinando assim seu grau evolutivo.
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