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sábado, 1 de março de 2014

A VIDA NÃO É UMA FESTA (CONSCIENCIOLOGIA)

A vida não é uma festa; é um local de trabalho. Tampouco ela pode servir como uma idílica ilustração da realidade nas propagandas de margarina ou nas imaculadas paisagens dos comerciais de sabão em pó. A vida começa ao fim do recesso intermissivo, momento em que nos reprogramamos para mais uma pesada carga horária intrafísica, ao lado de chefes rigorosos que cruzam portais para nos cobrar as promessas que esquecemos, quando pensamos que a vida é uma pândega de comensais, muito embora ela mereça ser celebrada. Em qual outro lugar poderiam os nossos defeitos ser tão aparentes? Em que outra paragem cósmica estaríamos frente a frente com os nossos dissabores? Em qual outra circunstância veríamos nossos pesadelos vencer os sonhos na urgência do despertar da consciência? A vida ensina que o que precisamos é mais importante do que aquilo que queremos, porque essa regra deve ter sido criada por algum mestre astuto e experiente com consciências arrebatadas pelo hedonismo. Quando nos entregam o cartão de ponto, pensamos se tratar de um crachá com passe livre na área VIP. Muitos se descabelam ao ver que tem nas mãos uma vassoura e não uma garrafa de champagne. A faxina é grande, e a cada dia levamos essas vassouradas na medida em que percebemos o quanto temos que limpar, esfregar, assear, varrer e lavar o nosso espaço, desembaraçar nós seculares, lustrar nossas qualidades, tirar ferrugem, lodo e mofo do pensamento, remover crostas de gorduras envelhecidas de comportamentos, restos de comida fossilizada, que ficaram dos banquetes de outrora, manchas de sangue milenares, que ficaram encardidas na falta de reconciliação, nódoas perpetuadas no esquecimento de quem largamos no meio do caminho, e toda uma sorte de poeiras que ficaram suspensas no tempo, ofuscando a visão de uma verdadeira casta de renegados que ignoramos regastar. Não, a vida não é uma festa; é uma fábrica onde trabalhamos muito duramente como mini-peças de uma enorme engrenagem. A vida também não é um destino de férias e não vivemos em plena alta estação. Aqui as promoções só acontecem no inverno, quando é hora de largar o serviço e voltar para casa. 

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