Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.
Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.
"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."
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sábado, 1 de março de 2014
A VIDA NÃO É UMA FESTA (CONSCIENCIOLOGIA)
A vida não é uma festa; é um local de trabalho. Tampouco ela pode servir como uma idílica
ilustração da realidade nas propagandas de margarina ou nas imaculadas
paisagens dos comerciais de sabão em pó. A vida começa ao fim do recesso intermissivo, momento em que nos reprogramamos para mais uma
pesada carga horária intrafísica, ao lado de chefes rigorosos que cruzam
portais para nos cobrar as promessas que esquecemos, quando pensamos que a vida
é uma pândega de comensais, muito embora ela mereça ser celebrada. Em qual
outro lugar poderiam os nossos defeitos ser tão aparentes? Em que outra paragem
cósmica estaríamos frente a frente com os nossos dissabores? Em qual outra
circunstância veríamos nossos pesadelos vencer os sonhos na urgência do
despertar da consciência? A vida ensina que o que precisamos é mais importante
do que aquilo que queremos, porque essa regra deve ter sido criada por algum
mestre astuto e experiente com consciências arrebatadas pelo hedonismo. Quando
nos entregam o cartão de ponto, pensamos se tratar de um crachá com passe livre
na área VIP. Muitos se descabelam ao ver que tem nas mãos uma vassoura e não
uma garrafa de champagne. A faxina é grande, e a cada dia levamos essas
vassouradas na medida em que percebemos o quanto temos que limpar, esfregar,
assear, varrer e lavar o nosso espaço, desembaraçar nós seculares, lustrar
nossas qualidades, tirar ferrugem, lodo e mofo do pensamento, remover crostas
de gorduras envelhecidas de comportamentos, restos de comida fossilizada, que
ficaram dos banquetes de outrora, manchas de sangue milenares, que ficaram encardidas
na falta de reconciliação, nódoas perpetuadas no esquecimento de quem largamos
no meio do caminho, e toda uma sorte de poeiras que ficaram suspensas no tempo,
ofuscando a visão de uma verdadeira casta de renegados que ignoramos regastar.
Não, a vida não é uma festa; é uma fábrica onde trabalhamos muito duramente
como mini-peças de uma enorme engrenagem. A vida também não é um destino de
férias e não vivemos em plena alta estação. Aqui as promoções só acontecem no
inverno, quando é hora de largar o serviço e voltar para casa.
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