Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Antimaternidade Vista com os Olhos da Evolução

Lançado na última Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, Maternidade e Antimaterinidade Lúcida - A Escolha é Sua, da escritora carioca, Jackeline Bittencourt, cujo campo de pesquisa na Conscienciologia tem sido dedicado a investigar as implicações da condição feminina no papel de gerar filhos, tanto como valor social como pessoal, sendo o segundo na maioria das vezes como conseqüência do primeiro, o livro oferece a casuística pessoal da autora como ferramenta para a desmistificação da antimaternidade, vista aqui através de um olhar mais sóbrio, lógico e racional. E é justamente com a intenção de informar através do autoexemplo, que Jackeline preferiu uma linguagem subjetiva para contar suas experiências, narrar os percalços do amadurecimento pessoal e as vicissitudes do drama pessoal pelo qual passou, quando ainda mantinha os valores sociais no seu local de controle (LOC).

O caminho trilhado pela autora para superar as deficiências físicas que a impediam de ser mãe mostra ao leitor o quanto a busca pelo autoconhecimento é um movimento solitário, persistente e contínuo da consciência que quer evoluir. Esse caminho, que cruza a autoaceitação, exige mais disciplina e determinação dos seus empreendedores na medida em que assumem as suas escolhas, fora do escopo da massificação cultural e social pela qual somos fisgados, e, aqui, sim, sem qualquer escolha, e na qual a maternidade é um valor incontinenti. Já nos primeiros capítulos, notamos, contudo, a preocupação da autora em criar um colóquio reconciliatório consigo mesma e para com os demais, que viveram ao seu lado a fase dos embates pro-maternidade.

É possível que o trauma da obnubilação, da qual emergiu para superar seu drama pessoal, tenha perdurado até o momento em que a autora deixou de se ver como uma consciência intrafísica e transitória e passou a enxergar mais claramente a sua condição de consciência pluriexistencial, com uma programação de vida que não incluia a maternidade. Esse rompimento do que deveria-ser para o que de-fato-é foi doloroso, mas, enfim, bem sucedido. Os amparadores olham o futuro; os assediadores, o passado. Afinal de contas, não é evolutivo só fazermos aquilo que queremos, mas, sobetudo, o que precisa ser feito.

O livro está disponível nas principais livrarias, mas pode também ser adquirido no site da Hama Editora http://www.hamaeditora.com.br/index.php e na livraria do CEAEC (Centro de Altos Estudos da Consciência), em Foz do Iguaçú.