Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."

domingo, 13 de dezembro de 2015

A ERA DA AMARGURA (POLÍTICA)

    Há um sentimento anti-patriota no ar, uma vergonha estampada, uma malemolência de desesperança, uma agitação exarcebada, uma inquietude de insegurança, uma angústia de impotência, uma culpa velada, uma indignação de desrespeito, uma busca sôfrega por ar ou um estômago de aço inoxidável para engolir todas as mentiras, calar diante de todo esse despautério que se tornou esse país do abandono. Que esse povo resista mais uma vez, que o aprendizado lhe sirva, que a força lhe salve e o sonho alimente o que quer que ainda lhe chegue à vida.

sábado, 12 de dezembro de 2015

A ERA DA REINVENÇÃO POPULAR (POLÍTICA)

    Devemos ser lúcidos o suficiente para sabermos onde estamos, o que podemos esperar e o que devemos fazer. A Era do Ativismo Político acabou. Não há escolhas seguras, sem comprometimento com a antiética dos partidos, pois os sistemas estão corrompidos. Chegamos à Era do Kali Yuga (Idade do Vício) político. O povo brasileiro precisa se reinventar, assumir o seu papel com dignidade e recuperar os mecanismos de escolha do que chamamos de democracia. ...O que queremos para nós? Talvez tudo isso esteja acontecendo para o amuderecimento coletivo, aquele mesmo que acontece em períodos pós-guerra (os números são parecidos: mortes por arma de fogo, fome, miséria, desigualdade etc.). Sem ele não estaremos salvo da ganância imperartiva com que somos governados. Eis o momento do povo recuperar a dignidade e assumir o seu papel. Estamos afunilados nessa grande reciclagem coletiva e podemos tirar bom proveito disso com maturidade. Talvez isso seja uma utopia. Mas é o ativismo politico mais seguro.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O ENGANO DA ZONA DE CONFORTO (COMPORTAMENTO)

    Às vezes, nos ver livres do que não presta ou nos afastarmos de uma pessoa por ela ser tóxica é uma forma de limpar um possível ladrão de energia. Porém, o que devemos usar nesse caso é o velho e bom discernimento, uma vez que viver o que não presta ou conhecer alguém tóxico pode implicar num tipo de aprendizado o qual temos que enfrentar, seja para reciclar ações e pessoas ou nos modificarmos a melhor diante delas. A nossa experiência sempre nos interessa. A evitação pode indicar omissão diante de algo que devemos fazer. Se você tem o hábito de afastar todos os problemas (situações e pessoas) sem resolvê-los, desconfie: você pode estar estagnado numa boa zona de conforto e adiando resoluções importantes. O nosso objetivo aqui deve ser deixar para trás o menor número possível de obras inacabadas.

domingo, 6 de dezembro de 2015

A RAIZ DA INTOLERÂNCIA COM O OCIDENTE (SOCIEDADE)

A civilização do planeta começa em três lugares, a Mesopotâmia é um deles; o Egito é um outro. Ambos encerram numa região limitada no oriente médio as principais religiões monoteístas. O islã foi a terceira grande religião, depois do judaísmo e o cristianismo. A fusão entre o cristianismo e o islamismo ocorre mais tarde de tal maneira que Adão, Moisés, Noé e Jesus Cristo foram inicialmente profetas islâmicos. A guerra de forças começa e aí surge o poderoso Império Persa, entram os gregos na disputa e o igualmente poderoso Império Romano, que acaba se partindo em dois, com o lado mais próximo do oriente médio resistindo bravamente. Mas, então, surge o Império Otomano, na Turquia, mas não com os turcos, e sim com os povos do norte asiático, liderados por Genghis Khan. O Império Otomano resiste na região por 600 anos, até a Primeira Guerra Mundial. Com o fim deste império, a Síria aparece no mapa pela primeira vez, assim como a Jordânia e o Iraque. Mas de onde saíram esses países? Em 1916, ocorre o Acordo de Sykes-Picot (por esse você não esperava!). Tal acordo tinha a palavra da Inglaterra e da França de que não invadiriam a região do Império Otomano, sem o apoio da população que vivia na região do império, na sua maioria árabes. Mas como a Inglaterra e a França conseguiram invadir sem o apoio da população? Fato é que ambos prometeram criar a Grande Arábia, um país exclusivo para os árabes. O problema foi que tal promessa era uma fraude. Uma vez na região, a Inglaterra criou o que hoje conhecemos por Palestina, Iraque e Jordânia, enquanto a França criou a Síria. Não eram países, na verdade, mas regiões demarcadas e comandadas pelas potências europeias. O interesse era o petróleo, o que passou a ser explorado à exaustão, com a chegada de empresas estrangeiras na região. Na Síria, os franceses expulsaram os sírios a patadas. Após a Segunda Guerra, os europeus deixam a região e os sírios exilados criam o Estado de Israel, que não foi reconhecido pelos seus vizinhos. Com a saída dos britânicos da região, esses estados vizinhos começam a atacar o Estado de Israel e a região vira um caos de intolerância. Com a saída da França, na Síria surge a luta pelo poder e inúmeros golpes de estado. Foi então que, algumas décadas depois, surge o Baaz, uma ideologia que mistura o sonho antigo de uma única nação árabe, com ideias socialistas e a formação de uma nação laica (sem religião dominante). As disputas então se desdobram na região, surgem mais povos nessa disputa: xiitas, sunitas, curdos e os braços radicais do islamismo, com a Al-Qaeda e, por fim, o Estado Islâmico, que hoje faz frente na Guerra Civil na Síria e semeia uma discórdia generalizada. Os grupos islâmicos radicais do terror surgem imbuídos de um regaste histórico movido pela religião, cultura e poder. O ódio ao ocidente é motivado pelo domínio europeu ocorrido há mais de 600 anos na região (talvez antes disso), com o Império Romano e, recentemente, a partir de 1916, com a Inglaterra e a França motivadas pela exploração do petróleo. A História é construída por efeitos-cascata e desdobramentos de eventos milenares. Para entender o presente é preciso conhecer o passado.

sábado, 5 de dezembro de 2015

AS INTITUIÇÕES DE ENSINO (EDUCAÇÃO)

     Sejam elas escolas, universidades ou instituições de pesquisa, as instituições de ensino, em geral, transmitem seu conteúdo com base numa programação estabelecida tanto pelo sistema de ensino padrão, como pelo paradigma com que entendem a realidade. Embora os professores estimulem a pesquisa para a ampliação dos temas e a livre experiência para a comprovação dos fatos, tais programações, invariavelmente, recaem na negligência ao pensamento original valendo-se mais da importância de quem... pensa do que, propriamente, do que é pensado, um engano que gera muitas vezes, subliminarmente, uma espécie de doutrinação ideológica. Tais instituições imbuídas do ofício educador e, supostamente, incentivadoras da experiência pessoal equivocam-se na ação educativa por simplesmente vocalizar verdades históricas ou relativas inibindo a atualização dos fatos por meio de novas ideias e ignorando o pensamento experimental como determinante para as revalidações da verdade aceita, na medida em que desprezam as diferentes visões dos fatos ante a imposição das opiniões estabelecidas que dominam o conteúdo de ensino e que tornam este sistema maniqueísta e ideologicamente autoritário. Há uma espécie de monopólio moral, que é a antítese da construção do pensamento e de ideias, de fato, originais, que não permite o aluno, e nem mesmo o professor-pesquisador, fazer valer a liberdade de expressão para expor a sua visão de mundo. Qualquer crítica ao “politicamente correto” é sujeita a punição e, em alguns casos, ao afastamento do aluno ou professor transgressor. Sendo assim, muitos alunos não defendem absolutamente nada por intimidação ou desinteresse no polêmico, o que é compreensível. Vivemos hoje uma crise de valores generalizada, inseridos num sistema de disputa de poder nas mais variadas instâncias - ou seria uma crise egóica? -, que nas instituições de ensino ocorre por meio do poder do ensino de verdades que não apenas transgridem o próprio significado da palavra, como produz uma geração de mentes lavadas cerebralmente, preparadas para abrir mão da sua individualidade e sempre pensar por meio do coletivo – o chamado pensamento coletivista -, deixando a certeza (ou uma grave intuição) de que toda verdade é relativa desde que ela seja relativa ao que já foi estabelecido como verdade.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

CORRUPÇÃO NA SOCIEDADE: ESCOLAS (COMPORTAMENTO)

    Fazer parte de grupos de trabalho na escola e não participar de tarefa alguma, colar em provas e testes, realizar trabalhos com textos copiados da internet, assinar lista de presença em nome de colegas, passar cola ao colega, entre outros pequenos delitos são atos que mostram que a corrupção existe no meio de alunos desde cedo e que ela é, em grande parte, estimulada não só pela falta de interesse no aprendizado por parte do aluno, ...como na falta de interesse do sistema em educar, de fato, os alunos. Há meios de mudar esse quadro com um sistema de ensino que valorize as habilidades pessoas, através da descoberta de talentos, e eduque por meio do estímulo ao pensamento, mais questões discursivas do que as falidas multiplas escolhas (não valeria, no caso, a entrega do trabalho apenas, mas a sua apresentação em sala também). Para isso, o sistema precisa se atualizar, sair da pré-história, contratar mais profissionais, oferecer melhores salários e condições de trabalho aos professores e remodelar-se. Não vale apenas o aluno ter consciência de que ele precisa ter consciência, mas que os educadores também entendam que precisam ensinar a pensar, o que não acontece em todas as escolas.

O FENÔMENO PAPA FRANCISCO (RELIGIÃO)

Não costumo entrar nos méritos religiosos, mas é curioso o que está havendo com o "fenômeno Papa Francisco" na Europa e nos EUA - talvez até aqui mesmo no Brasil. Há uma avalanche de críticas a ele e à sua maneira pouco ortodoxa de gerir a Igreja Católica. Dizem os conservadores que "ele está criando uma marca pessoal em cima do cristianismo social", e, obviamente, recl...amam de "marketing pessoal", além, claro, das suas tiradas imprevisíveis em cada grande encontro ou evento. Ora, como leio sobre (quase) tudo que concerne aos pilares da evolução humana, não costumo cair em alhos por bugalhos. O que o Papa Francisco faz nada mais é do que cobrar na prática o que padres, bispos, sacerdotes, arcebispos e afins, incluindo os fiéis, apregoam na teoria: olhai os pobres, compartilhai com os pobres, dai aos pobres, enfim, ele cobra uma melhor repartição de bens e riquezas no mundo, levando a cabo aquilo que os seguidores da ordem religiosa aprendem como sendo, justamente, as palavras de Cristo. Ou seja, o recado é - nas entrelinhas: acabem com a autocorrupção no cristianismo. Esse é o cerne da questão. O que ele está fazendo é, na verdade, atualizar o paradigma cristão-católico-religioso - mas isso deve dooeerr !!! Coerência neles, Papa Francisco!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A VELHA E CONTROVERTIDA QUESTÃO DA PENA DE MORTE (COMPORTAMENTO)

    Acabei de ler um texto muito interessante da Beatriz Lobato, que ilustra a incoerência humana como uma marca da involução do comportamento e da estagnação de princípios e valores, arraigados desde muito antes da época em que por aqui passou o filósofo Jesus Cristo. E é sobre ele que ela disserta: "Jesus passou a vida arrumando treta por questões sociais. Defendeu assassino, ladrão, puta, pobre e leproso. Juntou uma galera pra... defender a causa. Começou a fazer barulho. Conquistou o desafeto da classe média e da elite. Considerado subversivo, foi preso pelo Império. A classe média pedia pena de morte, mas o crime não a justificava. Pôncio Pilatos jogou o b.o. pra Herodes. Herodes se ligou na mesma coisa e devolveu o b.o.. Pilatos então deixou pra galera decidir. Bem pensado, porque desde aquele tempo, o povo já tava cheio de dateninha linchador. O cara foi executado ouvindo piadinha de justiceiro. E não foi morto "entre" bandidos. Foi executado pelo Estado COMO bandido - subversivo, o que de fato era. Enfim, o messias cristão foi um sujeito engajado em questões sociais, executado como bandido pelo Estado sob os aplausos dos justiceiros. Então, Jesus, se você estiver lendo isso e pensando em voltar, fica esperto. Essa "gente de bem" de hoje em dia vai te matar de novo enquanto come bacalhau e ovo de Páscoa." É... nada mudou por aqui.