Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dannion Brinkley e Sua Experiência de Quase Morte

Em 1975, um jornal da cidade americana de Augusta, no estado da Geórgia, publicou a notícia de que um jovem da Carolina do Sul havia sido atingido por um raio. O jovem se chamava Dannion Brinkley e até então ele nem suspeitara de que houvesse EQMs (Experiências de Quase Morte) e muito menos o que elas significavam. Dannion foi atingido por um raio enquanto falava ao telefone em casa, numa noite de tempestade. A descarga elétrica veio pelo fio do telefone, atingiu o seu pescoço e o levantou do chão. Dannion teve uma parada cardíaca da qual só conseguiu se recuperar horas mais tarde, num hospital, quando os médicos já estavam desenganados da sua recuperação. Em coma, ele sobrevoou o próprio corpo, a sala médica, e foi além, à uma paragem extrafísica para ter com uma equipe de 13 consciências preocupadas com o seu destino na Terra. Reunido com o time que mais tarde ele descreveria como formado por 13 “espíritos de luz,” Dannion viu passar diante dos olhos o filme da sua vida até ali.

Na época em que o raio o atingiu, Dannion era uma consciência pertubada, um "garotão" de mais ou menos 30 anos, com todos os defeitos deslocados de um adolescente no auge da fase da afirmação. Era impaciente, imaturo, intolerante, egoísta, agressivo, briguento, individualista, cruel etc., citando apenas algumas de suas desqualidades. Casou-se com uma mãe, na verdade, a quem chamava de esposa, tal era o zelo e comando desta mulher para com ele. Na pequena cidade em que vivia, Dannion era conhecido pelas suas brigas, confusões e até ações criminosas - ele já havia ateado fogo numa residência com toda a família lá dentro, quando tinha 12 anos, ou perto disso. Enfim, o filme da sua vida lhe apareceu tal um documentário policial, com cenas de violência, refregas e confusões. Quando viu as imagens de tudo de errado que havia feito diante dos olhos, ele ficou triste e chorou. Sentiu na pele, pela primeira vez, a gravidade do seu desvio e as consequências da sua dissidência extrafísica. Estava muito distante da consciência que devia ser para cumprir a programação existencial planejada. Resnascer para Dannion fez com que ele caísse no limbo de um esquecimento noscivo, pois a grande "virada de mesa" existencial, o que veríamos depois, não aconteceria de outra forma senão por meio de uma EQM. Sem o propósito de uma reciclagem séria, ele seguiria em automimese, repetindo os erros da sua índole agressiva.

O texto acime é parte da crítica feita ao filme "Salvo Pela Luz" já disponível no blog Cinema & Consciência, também deste autor Cinema & Consciência

PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Crônicas Fantásticas - Episódio 4: Delmiro Voltou para Contar Como era Morrer

Delmiro Fonseca nunca gostou em vida daqueles que psicografavam mensagens do além. Sua opinião era de que o psicografista é um ser humano vulnerável a equivocos como qualquer outro e, portanto, passível de manipulação espiritual, do descontrole das próprias emoções e influenciável psicologicamente pela ansiedade alheia. Por isso, decidiu que, quando moresse, voltaria de corpo presente para contar como era morrer. E foi assim que, um mês após a sua morte, ele apareceu sentado ao pé da cama de sua irmã, Dalva, no meio da noite, com o corpo diáfano envolto numa nuvem espessa de ectoplasma. Ela não se assustou com a sua presença. Estava ainda na confulsão mental do sono quando aos poucos a imagem do irmão surgiu nitidamente diante dos seus olhos. Delmiro tinha uma expressão suave e serena. Dalva já havia tido com Delmiro algumas vezes desde que ele partiu, mas todas em projeções semilúcidas com imagens oníricas nas quais não sabia ao certo se o irmão estava feliz na outra dimensão ou resignado com a nova vida, pois ele lhe aparecia sempre ocupado, atendendo outras pessoas na antesala de algum lugar que lhe pareceu ser uma clínica para loucos. 

Quando viu que Dalva podia vê-lo com clareza, se desculpou pelo tom fantasmagórico que o ectoplasma lhe dava, mas que de outra forma não poderia se mostrar de corpo inteiro, como ele queria. A irmã entendeu e lhe tranquilizou dizendo que essas aparições não mais lhe assombravam desde o dia em que teve com o pai um encontro ali mesmo no quarto, para esclarecer alguns pormenores do testamento. Ele sabia do episódio e respondeu à irmã com um sorriso. Dalva perguntou qual seria o motivo da visista e Delmiro explicou que a intensão era aliviá-la dos tormentos filosóficos a respeito da vida e da morte. Os irmãos trocaram olhares saudosos e contiveram a ansiedade para não dar cabo da serenidade do encontro. A vantagem que o dom de ver e falar com os dessomados proporcionava era estender a vida para além dos seus limites físicos e fazer com que os que ficaram não sentissem saudades daqueles que partiram para outra dimensão, pois ambos os domínios existiam paralelamente e estavam interligados, como se ambas as realidades fossem uma só.

Quando dessomou, Delmiro Fonseca estava no seu segundo ano de profissão como médico psiquiátrico. Havia sido um estudante de medicina exemplar e conquistado a confiança dos professores de tal maneira que, logo que terminou o seu estágio no hospital da universidade, eles lhe conseguiram uma posição numa das clínicas de psiquiatria mais prestigiadas da cidade. Na família, Delmiro era o irmão conciliador entre os cinco que seus pais tiveram, um casal que construiu uma família numerosa, mas bem entrosada. Desde pequeno demonstrava talento para a medicina e mesmo antes de entrar na faculdade já sabia que queria se dedicar a cuidar dos mais pertubados. Em casa, quando alguém demonstrava perder as estribeiras, era ele quem apaziguava o torvelinho e restaurava a paz. Fez isso tantas vezes que passou a ser o conselheiro de todos, inclusive de muitos parentes, até alguns distantes, de modo que ninguém tomava uma decisão sem antes se consultar com ele, pois as suas sugestões eram sempre razoáveis.

Mas no recolhimento Delmiro vivia os seus momentos de confulsão mental e angústia, que ele resolvia calado, sem exacerbações e à base do recondionamento de suas energias vitais, o que nem sempre lhe era fácil, mas possível com o esforço da meditação. O seu controle emocional era bom o suficiente para que muitos o julgassem de outro mundo. Entre os colegas da faculdade, era sabido que Delmiro havia aterrissado neste planeta proveniente de uma galáxia distante, onde os nativos superaram quase totalmente as agonias das emoções e usavam o bom senso para recarrilhar a vida quando esta saía dos trilhos. Delmiro se defendia dizendo-se humano como todos, em serviço neste planeta-hospital, frágil como qualquer consciência intrafísica e vulnerável ao desengano como qualquer mortal. Em casa, a sua ligação com a irmã Dalva sempre fora especial. Desde pequenos passavam grande parte do dia juntos e dividiam as mesmas angústias sobre as perguntas irremediáveis da vida. Ela se tornou psicóloga não por talento, mas para agradar ao irmão. E o fez com tal convicção que a profissão terminou por conquistá-la. Delmiro fizera valer essa interação cósmica com a irmã para assentar as bases da sua aparição, com o ectoplasma que ela podia lhe ceder para o encontro de corpo presente.

Naquela noite, Dalva estava preparada para anotar tudo o que o irmão lhe narrasse, mas não pode conter a ansiedade para saber do outro mundo, pois essa sempre foi uma de suas curiosidades mais insondáveis. O mundo extrafísico lhe reservava grandes mistérios desde pequena, quando descobriu que podia ver e se comunicar com os espíritos, primeiro em sonhos, depois com o aprimoramento da projeção para além do corpo físico. Era ela quem servia de intermediário entre os dois mundos, quando alguém na família queria ter notícias daqueles que haviam partido. Mas os contatos só aconteciam quando Dalva estava em transe, de modo que nunca teve o controle da situação. As perguntas aos espíritos eram feitas quando ela sucumbia ao próprio esquecimento, dominada numa condição comatosa, em que não sabia o que perguntavam os parentes nem tampouco o que os espíritos da família respondiam. Quando retornava ao corpo físico, Dalva parecia despertar de um sono profundo, de maneira que suas dúvidas permaneciam insolúveis ao final desses encontros e seus mistérios intocáveis. Ela tampouco tinha com os espíritos com lucidez suficiente para se perceber viva. Na presença deles, Dalva se sentia do outro lado, como eles, e esquecia as diferenças que os separavam entre os dois mundos, interligados mas distintos. Servia mais como um receptáculo de mensagens espirituais. Chegou a estudar o assunto, mas nunca passou de uma simples mensageira entre esses universos.

Ali, diante do irmão, experimentava pela primeira vez uma lucidez decente, apesar das emoções fluírem sem que ela tivesse qualquer controle sobre elas. Esforçou-se para lembrar de suas dúvidas e questionamentos a fim de não desperdiçar mais uma oportunidade de ter com alguém do outro mundo uma conversa sensata e esclarecedora. A lucidez que conseguiu resgatar foi suficiente para saber se o irmão havia sofrido na passagem deste para o outro mundo, se havia túneis de luz como muitos atestavam, escadarias entre nuvens iluminadas por anjos com trombetas, guias espirituais vestidos de branco para indicar o caminho para a procedência extrafísica e parentes próximos recepcionando os recém dessomados. Queria enfim, saber se tudo que contavam na Terra condizia com a realidade vivida pelo irmão. Delmiro voltou a lhe sorrir ao saber das suas dúvidas. Enquanto na Terra, ele compartira com ela as mesmas perguntas, agora, ele parecia superior a elas, aos arroubos da imaturidade neste planeta-enfermaria. Mas não se mostrou arrogante. Seu semblante indicava a paz que devia ter encontrado no outro mundo, uma paz desconhecida dos vivos daqui.

Delmiro contou que o motivo da visista era também para aliviar a saudade e mitigar a angústia que ela sentia com a sua falta. Mas não poderia tirar todas as suas dúvidas como ela esperava porque, na verdade, elas eram apenas produtos da sua fantasia. Delmiro explicou que se Dalva queria saber do mundo extrafísico, ela atentasse para o mundo físico, pois este era um reflexo do que havia do outro lado. “Não deixamos de ser quem somos quando partimos daqui,” disse ele com sua voz diáfana. “Assim como não deixamos de fazer o que fazemos aqui, quando vivemos em outra dimensão. A diferença é que lá não convivemos com todos, apenas com os semelhantes, pois somos condicionados a nos relacionarmos apenas com aqueles de igual padrão evolutivo. As dimensões se equiparam e a vantagem da vida na Terra é justamente a de lidar com as diferenças. Para uma morte tranquila é preciso viver na dimensão intrafísica sem medo da morte; para conviver de maneira sadia é preciso escolher as boas amizades na Terra; para qualificar a sua vida do outro lado é preciso qualificar a vida por aqui; para sanar as angústias do corpo físico é preciso buscar a serenidade espiritual; para saber o que se faz lá é preciso ter consciência do que se faz aqui, pois somos uma única consciência e a vida não reparte existências e nem nos divide em dimensões.”

Depois disso, a neblina espessa de ectoplasma foi aos poucos se dissipando em torno de Delmiro e sua imagem se tornou difusa até perder-se de vista por completo. Dalva ficou imóvel, sentada na cama, observando o tênue rastro esbranquiçado deixado pelo irmão na penumbra do quarto. Mas, ali, ela não sentia mais o vazio e o abandono de espírito que a morte de Delmiro havia lhe causado, nem tampouco a inquietude dos seus quetionamentos. Seu corpo estremecia com descargas elétricas fugazes e percebia que as suas energias vibravam prazerosamentre. Experimentava um misto de saudade saciada e serenidade espiritual. Viveu aqueles minutos sem ser incomodada por qualquer emoção descontrolada, até que, sem perceber, mergulhou no sono que a levaria de volta ao mundo extrafísico.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Projeção da Consciência e a Ciência

Nunca se viu em qualquer outra época deste planeta um interesse tão significativo sobre experiências fora do corpo como a que vemos hoje, não apenas no âmbito de ciências e religiões que há muito tratam do assunto, mas de uma maneira mais genérica, em telejornais, livros, programas, filmes e novelas. Mesmo em algumas áreas das ciências convencionais, ou em projetos capitaneados por alguns cientistas mais ousados, quebrando e ampliando paradigmas, o tema causa interrogação e promove pesquisas de ponta. Estará o ser humano se redescobrindo ? Estamos finalmente desvendando a pluriexistencialidade da consciência e começando a pensar multidimensionalmente ? As evidências para respostas afirmativas estão em toda parte. Agora nos resta apenas a comprovação através da experiência. 

Ao final da primeira parte das pesquisas de campo para o documentário sobre parapsiquismo que pretendo produzir, fui surpreendido pelo percentual de 83% de pessoas que já haviam experimentado algum tipo de evidência parapsíquica. Na ocasião ouvi cerca de 150 pessoas dos mais variados níveis sociais, de instrução, ocupações, formações religiosas etc., o que me levou a constatar que o parapsiquismo é uma faculdade humana tão comum como outra qualquer, o que há em torno dele é apenas preconceito, na maioria dos casos criado e mantido por religiões e ciências convencionais. Muitas dessas pessoas ouvidas nas entrevistas afirmaram que não falam sobre o assunto por medo, desconhecimento ou para evitar descrenças, má interpretações e mesmo desconfianças de que estão ficando loucos. Não raramente ouvimos relatos dando conta de pessoas que passaram por tratamentos psiquiátricos por conta das visões sobrevoando o corpo físico enquanto projetados. Não apenas a falta de informação, mas também a força do preconceito contam para mitigar, bloquear e abortar as experiêndias parapsíquicas. 

As experiências fora do corpo oferecem comprovações de que, quando o corpo físico morre, a consciência mantém-se existindo. O físico francês Jean Charon havia chegado à conclusão de que há evidências suficientes para assegurar a vida humana além do corpo físico através das bioenergias, uma vez que elas guardam, indelevelmente, toda a informação do que vivemos. Mas para tocar o seus experimentos na área e publicar livros sobre o tema, ele precisou romper com a Sociedade Física Francesa ao se tornar um garoto propaganda da vida após a morte em muitos programas de televisão. Além de Jean Charon, há uma grande quantidade de organizações pesquisando o fenômeno da experiência fora do corpo com a ajuda de hospitais locais. O cientista britânico Dr. Sam Parnia, recentemente, publicou suas descobertas sobre as EFCs e relatou que "a consciência permanece depois que o cérebro para de funcionar e um paciente é declarado clinicamente morto." A verdade é que, por séculos, esses fenômenos têm fascinado médicos, cientistas, teólogos e teoristas amadores na surdina. Geralmente, as EFCs são associadas a doenças ou incidentes traumáticos (Experiência de Quase Morte), mas em 24 de agosto de 2007, pesquisadores britânicos e suíços publicaram estudos no jornal acadêmico Science descrevendo como pode ser possível uma EFC em pessoas saudáveis.

Para esses cientistas, o interesse residia em descobrir o que faz o cérebro de uma pessoa saber que ela se encontra dentro de seu corpo físico. Basicamente, isso seria promovido pelo sentido da visão ou vários outros sentidos e processos teriam que trabalhar juntos? Que sentidos e processos seriam esses ? O questionamento dos cientistas era "se uma pessoa é capaz de sair do seu corpo físico, olhar ao redor e ver a si mesma como um observador externo, ela ainda se sentiria dentro de seu corpo físico ou sua percepção própria mudaria para onde seu ponto de vista estaria durante o experimento ? Intrigante. Mas, para responder a essas questões, os pesquisadores britânicos do Instituto de Neurologia da University College London conduziram dois experimentos. No primeiro, os voluntários sentaram em cadeiras e colocaram telas de vídeo na frente de seus olhos. A tela projetava imagens de duas cameras localizadas a cerca de 1,2 metro atrás do voluntário. Cada câmera servia como um olho, uma projetava do lado esquerdo da tela e a outra, do lado direito. O efeito foi que o participante via uma imagem de um ponto de vista de 1,2 metro atrás de suas próprias costas.

Depois, um pesquisador ficou na frente das câmeras para que parecesse estar perto do "corpo virtual" do participante. Dessa posição, ele tocou ao mesmo tempo o peito do participante e seu corpo virtual com um bastão de plástico. O resultado foi que os participantes sentiram que estavam em seus corpos virtuais, apesar de terem sentido o toque do bastão. Muitos descreveram a experiência como sendo engraçada ou estranha. O segundo experimento usou sensores de suor para medir as reações emocionais do participante. Na frente das câmeras, um pesquisador balançou um martelo em direção ao corpo virtual do participante. Os sensores mostraram que o participante ficou com medo de ser realmente atingido pelo martelo. Os pesquisadores da Suíça conduziram, então, o terceiro experimento no Laboratório de Neurociência Cognitiva na Ecole Polytechnique Federale. Eles mostravam aos voluntários uma das três projeções em 3-D: um bloco, um boneco ou o próprio corpo do voluntário. Depois, alguém tocava as costas do voluntário enquanto outra pessoa tocava a parte de trás da projeção com um bastão, simultaneamente em alguns casos. A seguir, os pesquisadores vendaram os voluntários, os viraram para trás e removeram a venda. Quando pediram que eles voltassem para a posição inicial, as pessoas que tiveram suas costas tocadas ao mesmo tempo que tocaram a imagem de seu corpo se moveram para onde a projeção estava, e não para onde elas estavam inicialmente. Aqueles que observaram o boneco ou o bloco serem tocados voltaram para a posição correta.

A conclusão obtida com os experimentos acima constataram que, na experiência fora do corpo, o cérebro humano pode registrar imagens de um ponto superior fora do seu eu físico. A questão é que os estudos sobre o paracérebro e sua holomemória, ou memória integral, ainda são raros de uma maneira geral, mas muito comuns nas neociências Projeciologia e Conscienciologia. Embora todos tenham as suas experiências fora do corpo enquanto dormem, apenas 2% dos humanos passam pela vivência lucidamente. Algumas estatísticas dão conta de que cerca de 10% da população humana pode ter uma EFC em algum momento da vida (fonte: UCL News), apesar de um especialista no assunto afirmar que esse número cai para meros 5% (fonte: Forbes.com). De qualquer forma, esse é um fenômeno que recebeu atenção em vários estudos científicos, religiões e discussões metafísicas, o que é bastante positivo.

Os experimentos científicos inglês e suíço parecem mostrar que a percepção própria de uma pessoa depende da cooperação entre os sentidos, e que a experimentação pode perturbar radicalmente essa ligação. Experimentos antigos mostraram, entetanto, que o corpo físico tem um papel importante na maneira como a pessoa identifica a sua consciência. O Dr. Henrik Ehrsson, pesquisador chefe da UCL, uma vez conduziu um estudo em que os cérebros dos participantes eram induzidos a pensar que mãos de borracha eram as mãos reais dos participantes.  Um dos pesquisadores no estudo sueco, o Dr. Olaf Blanke, disse que suas tentativas produziram algo parecido com uma experiência fora do corpo, "mas não a experiência completa", acrescentando que eles estavam pregando peças nas pessoas. Diferente de uma autêntica experiência fora do corpo, em que uma pessoa acredita que realmente saiu de seu corpo, porque se vê fora dele, esses participantes ainda reconheciam a imagem projetada como algo "diferente". Ainda assim, o estudo mostrou como o cérebro pode ser enganado e como a percepção de uma pessoa pode ter uma grande influência sobre a percepção de seu corpo e de sua localização física. O Dr. Ehrsson acredita que seus experimentos produziram autênticas EFCs. Ele afirmou que o estudo foi o primeiro deste tipo a produzir EFC em pessoas saudáveis (fonte: UCL News).