Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Projeção da Consciência e a Ciência

Nunca se viu em qualquer outra época deste planeta um interesse tão significativo sobre experiências fora do corpo como a que vemos hoje, não apenas no âmbito de ciências e religiões que há muito tratam do assunto, mas de uma maneira mais genérica, em telejornais, livros, programas, filmes e novelas. Mesmo em algumas áreas das ciências convencionais, ou em projetos capitaneados por alguns cientistas mais ousados, quebrando e ampliando paradigmas, o tema causa interrogação e promove pesquisas de ponta. Estará o ser humano se redescobrindo ? Estamos finalmente desvendando a pluriexistencialidade da consciência e começando a pensar multidimensionalmente ? As evidências para respostas afirmativas estão em toda parte. Agora nos resta apenas a comprovação através da experiência. 

Ao final da primeira parte das pesquisas de campo para o documentário sobre parapsiquismo que pretendo produzir, fui surpreendido pelo percentual de 83% de pessoas que já haviam experimentado algum tipo de evidência parapsíquica. Na ocasião ouvi cerca de 150 pessoas dos mais variados níveis sociais, de instrução, ocupações, formações religiosas etc., o que me levou a constatar que o parapsiquismo é uma faculdade humana tão comum como outra qualquer, o que há em torno dele é apenas preconceito, na maioria dos casos criado e mantido por religiões e ciências convencionais. Muitas dessas pessoas ouvidas nas entrevistas afirmaram que não falam sobre o assunto por medo, desconhecimento ou para evitar descrenças, má interpretações e mesmo desconfianças de que estão ficando loucos. Não raramente ouvimos relatos dando conta de pessoas que passaram por tratamentos psiquiátricos por conta das visões sobrevoando o corpo físico enquanto projetados. Não apenas a falta de informação, mas também a força do preconceito contam para mitigar, bloquear e abortar as experiêndias parapsíquicas. 

As experiências fora do corpo oferecem comprovações de que, quando o corpo físico morre, a consciência mantém-se existindo. O físico francês Jean Charon havia chegado à conclusão de que há evidências suficientes para assegurar a vida humana além do corpo físico através das bioenergias, uma vez que elas guardam, indelevelmente, toda a informação do que vivemos. Mas para tocar o seus experimentos na área e publicar livros sobre o tema, ele precisou romper com a Sociedade Física Francesa ao se tornar um garoto propaganda da vida após a morte em muitos programas de televisão. Além de Jean Charon, há uma grande quantidade de organizações pesquisando o fenômeno da experiência fora do corpo com a ajuda de hospitais locais. O cientista britânico Dr. Sam Parnia, recentemente, publicou suas descobertas sobre as EFCs e relatou que "a consciência permanece depois que o cérebro para de funcionar e um paciente é declarado clinicamente morto." A verdade é que, por séculos, esses fenômenos têm fascinado médicos, cientistas, teólogos e teoristas amadores na surdina. Geralmente, as EFCs são associadas a doenças ou incidentes traumáticos (Experiência de Quase Morte), mas em 24 de agosto de 2007, pesquisadores britânicos e suíços publicaram estudos no jornal acadêmico Science descrevendo como pode ser possível uma EFC em pessoas saudáveis.

Para esses cientistas, o interesse residia em descobrir o que faz o cérebro de uma pessoa saber que ela se encontra dentro de seu corpo físico. Basicamente, isso seria promovido pelo sentido da visão ou vários outros sentidos e processos teriam que trabalhar juntos? Que sentidos e processos seriam esses ? O questionamento dos cientistas era "se uma pessoa é capaz de sair do seu corpo físico, olhar ao redor e ver a si mesma como um observador externo, ela ainda se sentiria dentro de seu corpo físico ou sua percepção própria mudaria para onde seu ponto de vista estaria durante o experimento ? Intrigante. Mas, para responder a essas questões, os pesquisadores britânicos do Instituto de Neurologia da University College London conduziram dois experimentos. No primeiro, os voluntários sentaram em cadeiras e colocaram telas de vídeo na frente de seus olhos. A tela projetava imagens de duas cameras localizadas a cerca de 1,2 metro atrás do voluntário. Cada câmera servia como um olho, uma projetava do lado esquerdo da tela e a outra, do lado direito. O efeito foi que o participante via uma imagem de um ponto de vista de 1,2 metro atrás de suas próprias costas.

Depois, um pesquisador ficou na frente das câmeras para que parecesse estar perto do "corpo virtual" do participante. Dessa posição, ele tocou ao mesmo tempo o peito do participante e seu corpo virtual com um bastão de plástico. O resultado foi que os participantes sentiram que estavam em seus corpos virtuais, apesar de terem sentido o toque do bastão. Muitos descreveram a experiência como sendo engraçada ou estranha. O segundo experimento usou sensores de suor para medir as reações emocionais do participante. Na frente das câmeras, um pesquisador balançou um martelo em direção ao corpo virtual do participante. Os sensores mostraram que o participante ficou com medo de ser realmente atingido pelo martelo. Os pesquisadores da Suíça conduziram, então, o terceiro experimento no Laboratório de Neurociência Cognitiva na Ecole Polytechnique Federale. Eles mostravam aos voluntários uma das três projeções em 3-D: um bloco, um boneco ou o próprio corpo do voluntário. Depois, alguém tocava as costas do voluntário enquanto outra pessoa tocava a parte de trás da projeção com um bastão, simultaneamente em alguns casos. A seguir, os pesquisadores vendaram os voluntários, os viraram para trás e removeram a venda. Quando pediram que eles voltassem para a posição inicial, as pessoas que tiveram suas costas tocadas ao mesmo tempo que tocaram a imagem de seu corpo se moveram para onde a projeção estava, e não para onde elas estavam inicialmente. Aqueles que observaram o boneco ou o bloco serem tocados voltaram para a posição correta.

A conclusão obtida com os experimentos acima constataram que, na experiência fora do corpo, o cérebro humano pode registrar imagens de um ponto superior fora do seu eu físico. A questão é que os estudos sobre o paracérebro e sua holomemória, ou memória integral, ainda são raros de uma maneira geral, mas muito comuns nas neociências Projeciologia e Conscienciologia. Embora todos tenham as suas experiências fora do corpo enquanto dormem, apenas 2% dos humanos passam pela vivência lucidamente. Algumas estatísticas dão conta de que cerca de 10% da população humana pode ter uma EFC em algum momento da vida (fonte: UCL News), apesar de um especialista no assunto afirmar que esse número cai para meros 5% (fonte: Forbes.com). De qualquer forma, esse é um fenômeno que recebeu atenção em vários estudos científicos, religiões e discussões metafísicas, o que é bastante positivo.

Os experimentos científicos inglês e suíço parecem mostrar que a percepção própria de uma pessoa depende da cooperação entre os sentidos, e que a experimentação pode perturbar radicalmente essa ligação. Experimentos antigos mostraram, entetanto, que o corpo físico tem um papel importante na maneira como a pessoa identifica a sua consciência. O Dr. Henrik Ehrsson, pesquisador chefe da UCL, uma vez conduziu um estudo em que os cérebros dos participantes eram induzidos a pensar que mãos de borracha eram as mãos reais dos participantes.  Um dos pesquisadores no estudo sueco, o Dr. Olaf Blanke, disse que suas tentativas produziram algo parecido com uma experiência fora do corpo, "mas não a experiência completa", acrescentando que eles estavam pregando peças nas pessoas. Diferente de uma autêntica experiência fora do corpo, em que uma pessoa acredita que realmente saiu de seu corpo, porque se vê fora dele, esses participantes ainda reconheciam a imagem projetada como algo "diferente". Ainda assim, o estudo mostrou como o cérebro pode ser enganado e como a percepção de uma pessoa pode ter uma grande influência sobre a percepção de seu corpo e de sua localização física. O Dr. Ehrsson acredita que seus experimentos produziram autênticas EFCs. Ele afirmou que o estudo foi o primeiro deste tipo a produzir EFC em pessoas saudáveis (fonte: UCL News).



Nenhum comentário:

Postar um comentário