Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

TENEPES - Tarefa Energética Pessoal Diária

A TENEPES é a Tarefa Energética Pessoal, diária, intransferível, ininterrupta, com a qual o tenepicista se compromete vitaliciamente. A TENEPES consiste na doação de energia para fins assistenciais, a partir de uma base física - um cômodo otimizado da sua casa, com poltrona confortável, espaço disponível, ar-condicionado, preferencialmente, e organização do ambiente - nos moldes que se assemelhariam, de certa maneira, ao "passe para o escuro" do espiritismo, com o diferencial de que, na TENEPES, a assistência não ocorre "cegamente" e aleatoriamente, mas, primeiro, a nós mesmos (egocarma) e ao nosso grupocarma mais próximo, àquelas pessoas com as quais temos relações mais íntimas e estreitas, para depois atendermos a grupocarmas não-íntimos, a consciências com as quais temos alguma afinidade carmática (reconciliações pluriexistenciais, grupos reciclantes etc.), formando um ciclo que vai do egocarma ao policarma (universalismo).

Assim como toda responsabilidade com a qual nos envolvemos e com a qual nos comprometemos, a TENEPES cria links assistenciais que, se quebrados, invariavelmente, atingimos aqueles a quem nossa assistência é entregue. A rotina envolve muito mais do que apenas lançar fluxos de energia no ambiente. Este fluxo é utilizado por amparadores aos necessitados que se agrupam para recebê-los naquele momento que dedicamos à prática da TENEPES, formando, extrafisicamente, um campo assistencial montado por toda uma equipe dedicada incansavelmente à tarefa energética asistencial. Sendo assim, interrompê-la seria o mesmo que deixar do lado de fora de um hospital público uma horde de necessitados sem atendimento médico - o que é lamentável. Neste post vocês terão a (ótima) oportunidade de assistir ao Curso de TENEPES dado pelo Prof. Waldo Vieira, precursor da Projeciologia e Conscienciologia. Um material da mais alta qualidade não apenas para aqueles que planejam incluir a TENEPES na sua rotina diária, mas a todos os interessados em saber como fazer assistência de alto nível sem sair de casa.

Para que o post não fique muito extenso, lançarei neste 6 partes (de 13 no total) do curso. As demais partes serão lançadas num post a seguir.

PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3



PARTE 4



PARTE 5



PARTE 6

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

TENEPES - Tarefa Energética Pessoal Diária (Continuação)

A Tarefa Energética Pessoal - TENEPES - é uma ferramenta alinhadora da programação assistencial uma vez que a assistência é a base da evolução no planeta-hospital em que vivemos. A TENEPES é a melhor organização cosmoética, de alto nível, inteligente e lógica, com a qual alguém pode se engajar na sua vioda diária. Não há nada mais eficiente no processo assistencial.

PARTE 7



PARTE 8



PARTE 9



PARTE 10



PARTE 11



PARTE 12



PARTE 13

sábado, 26 de dezembro de 2009

A História da Reencarnação de James

Estes vídeos foram exibidos pelo programa americano Primetime e trata da reenciarnação do garoto James. A série de fatos apresentados reúne um verdadeiro compêndio de evidêncisa sobre o processo da reencarnação humana. Sempre que me perguntam se eu acredito em reencarnação, respondo que em reencarnação eu não acredito, porque só acreditamos naquilo sobre o qual não temos prova e que nunca vivenciamos, e o processo reencarnatório já está mais do que comprovado. Não apenas por conta dos relatos de muitos credibilizados, mas pela minha própria experiência pessoal no assunto.

A apresentação dos vídeos aqui não visa tentar convencê-lo de absolutamente nada, apenas oferecê-lo mais algum material sério para sua reflexão perssoal sobre o assunto.



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Estados Alterados da Consciência

Por estados alterados entendemos todo o estado da consciência fora do padrão normal da vigília física ordinária, e que podem ser promovidos por agentes físicos, fisiológicos, psicológicos, farmacológicos ou parapsíquicos. Também conhecidos por deslocamentos das percepções conscienciais ou estados xenofrênicos, ele são caracterizados tanto na condição intrafísica da consciência quanto na extrafísica, incluindo o estado projetado, e podem se manifestar de várias formas, através do devaneio, do estado sonambúlico, da hipnagogia, do pesadelo, do sonho comum, da alucinação entre muitos outros.

A partir de uma análise médica, um estado alterado da consciência pode desencadear vários padrões de comportamento fora do habitual, como alterações na concentração, atenção, memória ou julgamento crítico, distúrbios na percepção do tempo cronológico, distorções na percepção da realidade, extremos emocionais, oscilando do êxtase e da alegria ao medo e pavor proufndos, inefabilidade, receios de perder contato com a realidade, sensações de separação entre a mente e o corpo humano etc.

Os estados alterados da consciência são unidades isoladas de eventos mentais associados e específicos. Cabe à consciência perceber e identificar tais estados quando ocorrem para não confundí-los com a projeção consciente, se projetado, ou com a realidade intrafísica, se no estado de vigília física ordinária. Vários estados alterados podem ser classificados na projeção da consciência, como autosugestão, autohipnose, auto-assédio, catalepsia, devaneio, sonho, pesadelo, sonambulismo, transe hipnótico ou parapsíquico, hipnagogia entre outros. Compreender os estados alterados e identificá-los classifica a projeção de maneira lógica e lúcida e para isso precisamos do discernimento através da conscientização para distinguí-los na experiência fora do corpo físico.

Os aspesctos físicos emocionais podem desencadear um estado alterado na medida em que a consciência, tomada de forte emoção, diminui a sua capacidade de discernimento e percepção da realidade, comumente sendo levada a distorções interpretativas das situações vividas. Quando num estado alterado pelas vias emocionais, tendemos a defender pontos de vista que os outros não conseguem entender, a ver a realidade de uma maneira que não condiz com os fatos. A lógica, aqui, ganha uma abordagem individual e patológica, distante da razão, onde a explicação para as consequências de um evento simplesmente não existem nem se sustentam na visão daquele tomado pelo estadpo alterado das emoções. Esta condição é muito comum na vivência diária, seja numa discussão no trânsito, no torpor de uma frustração, no transe da meditação, no êxtase de uma alegria etc.

Mas os estados alterados da consciência podem apresentar também uma condição própria e adequada para a interiorização da consciência, para o "encontro consigo mesma," seja por meio da mobilização básica das energias, da meditação, do relaxamento físico profundo, ou nos estados de transe parapsíquico, entre outros, em que saímos da vigília física ordinária para adentrar nosso universo particular, não constituindo, portanto, uma alteração para estados patológicos.

Contudo, muitas dúvidas surgem com a experiência sobre as diferenças entre projeção e sonho e sonambulismo, entre devaneio, pesadelo, alucinação e projeção, também na identificação de imagens oníricas durante a projeção, tanto lúcida quanto semilúcida, entre pesadelo e assédio extrafísico e assim por diante. Porém, quanto mais aprofundarmos a abordagem analítica de cada estado alterado da consciência mais fácil será o entendimento de suas complexidades.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Entrevista do Prof. Wagner Alegretti na TV Compléxis

A TV Complexis do apresentador Tom Martins, de Jundiaí-SP, apresentou uma entrevista sobre Retrocognições com o professor de Projeciologia e Conscienciologia, Wagner Alegretti. O entrevistado é autor do livro, Retrocognições, e um especialista no assunto. A entrevista é muito interessante, porque, além do tema central, aborda vários outros aspectos da vivência multidimensional e o trabalho sadio com as bioenergias. A TV Complexis se trata de um marco no estudo da Projeciologia e Conscienciologia por se tratar da primeira TV dedicada ao assunto, com programas semanais de grande audiência em São Paulo.

Para saber mais sobre a programação da TV Complexis acesse o site: www.complexis.org e para saber mais sobre o trabalho da IAC acesse www.iacworld.org ou www.mundoiac.org


PARTE 1


PARTE 2

PARTE 3

PARTE 4

PARTE 5

PARTE 6

PARTE 7

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Oportunidade Super Interessante

Os editores da Revista Super interessante, em um gesto incomum, liberaram para leitura e consulta, todo o conteúdo das edições antigas da revista, no período de 1988 a 2007.

Se você tem filhos, netos, sobrinhos, etc. não deixe de indicar a eles a leitura deste post! Com certeza uma rica fonte de material de pesquisa para trabalhos escolares e conhecimento geral.

É só clicar no Ano, escolher a Capa da Revista, e acessar todo o seu conteúdo.


Boa Viagem, Boa Leitura, Bom Proveito!!!

http://super. abril.com. br/super2/ superarquivo/

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ninguém Evolui Sozinho

O que pode acelerar a evolução do homem: viver meditando no alto de uma montanha ou enfrentar a rotina do dia-a-dia de uma cidade grande ? Quem respondeu "viver meditando no alto de uma montanha" desconhece que o homem precisa do homem para evoluir.

Nós não precisamos de uma montanha para evoluir. Apenas para passar férias ou um final de semana, a fim de tão somente recarregar nossas baterias. A evolução está centrada na auto e heteroassistência. Isto é, na assistência que fazemos a nós mesmos - crescimento pessoal - e, consequentemente, aos outros. Porém, como a Era Consciencial, na qual viveremos de forma lúcida para com as nossas características multidimensionais e pluriexistenciais, ainda é um sonho distante, muito embora ela já tenha começado, os passos do homem comum em direção à sua autonomia espiritual são lentos e previsíveis, monitorados pelas religiões, as quais, apesar de repressoras, têm o papel importante de restringir os instintos anímicos e doutrinar a vontade por meio da fé num Deus onipotente e onipresente, o que bastante intimidador.

O homem sem o homem perde o referencial evolutivo, por meio do qual ele avalia o saldo das suas reconciliações, interprisões e aprimora seu comportamento nas interrelações. A sua comunicação com o mundo à sua volta reflete o seu grau de evolução. O homem precisa do homem para crescer e fazer crescer. Sem o referencial-homem nos centramos apenas na habilidade do autocontrole, função do egocarma, e não na capacidade de ser humano entre humanos. Essa capacidade é medida na convivialidade diária cujo princípio é evoluir através do esclarecimento, alicerce fundamental da grupocarmalogia. "Sozinhos andamos mais rápido; em grupo, vamos mais longe." Esse lema é essencial para o entendimento da importância de viver em sociedade.

Isolados tendemos à automimese, ou a repetir os fatos que vivenciamos e a reincindir em comportamentos ancestrais. Sozinhos, olhamos apenas para nós mesmos e, se estamos em comunidades, para os nossos pares. Não há pluralidade, diversidade, mudança consistente, convivialidade multicultural, miscigenação, universalidade. Avaliar nosso condicionamento bioenergético no isolamento é o mesmo que avaliar o atleta sem a competição, o candidato sem o concurso, o professor sem a turma, o carro sem o motorista etc. Nada pode ser eficiente para a evolução do homem sem a convivialidade humana, o contexto social e a vivência cultural e histórica. Compartilhar conhecimento é uma tarefa da mais alta importância no processo evolutivo. "Diga-me com quem tu andas que eu te direi quem és," a velha máxima bíblica ilustra a importância da grupalidade. E a partir da qual podemos concluir, 'se não andas com niguém, não poderei dizer quem és."

sábado, 28 de novembro de 2009

Documentário de Peter Cohen Revela o Horror da Manipulação Genética

Segundo o dicionário Aurélio, por Eugenia entende-se a ciência que estuda as condições mais propícias à reprodução e melhoramento da raça humana. Embora o termo possa implicar o uso da manipulação genética em tempos de clonagem, o diretor sueco Peter Cohen enfoca aqui um problema muito maior: a eugenia negativa para fins de limpeza racial, ocorrida no começo do Século XX, na Europa e nos Estados Unidos. A Eugenia pode também ser definida como uma direção manipulável da evolução humana, largamente usada por nazistas, fascistas e stanlinistas, antes e durante a Segunda Grande Guerra.

Com um texto muito bem escrito, e muitas vezes assustador, o diretor varre os anos em que a Eugenia se tornou, digamos assim, moda, época em que, na Europa e nos Estados Unidos, cientistas racistas levaram a sério a idéia de uma limpeza racial e colocaram em prática esta ferramenta de manipulação da gênese humana. Mas a origem dessa ciência elitista data muito antes dela cair nas mãos de nazistas e fascistas. Começando no século 19, a Eugenia surgiu como uma filosofia social, baseada em métodos pseudo-científicos, a qual tentava aperfeiçoar a qualidade da hereditariedade humana de maneira que a produção de uma raça superior humana pudesser ser controlada. Estava, portanto, lançada a febre da boa procriação.

O aperfeiçoamento da raça humana pode ser considerado um dos ícones da visão Utópica desde tempos helênicos. A seleção (nada natural) de genes e controle (manipulativo) da produção humana é um ideal que nos chega oriundo dos tempos de Platão, que acreditava que a reprodução humana deveria ser controlada pelas autoridades. Ele mesmo propôs que tal seleção deveria funcionar como uma espécie de "falsa loteria, manipulada pelo governo," de maneira que os sentimentos das pessoas não fosse atingido com a consciência dos princípios da prática seletiva. Outro sinal da Eugenia em tempos mais remotos é a prática mitológica de Esparta, que consistia em largar os bêbês de saúde fraca fora dos limites da cidade para que morressem no abandono.

Mas foi o trabalho de Francis Galton, nas décadas de 1860 e 1870, que sistematizou a idéia e a prática da Eugenia em tempos mais atuais, através do seu "novo conhecimento a respeito da evolução do homem e dos animais," baseada na teoria de seu primo famoso, Charles Darwin. O conceito de seleção natural de Darwin encantou Galton e o cientista interpretou a idéia como um método potencialmente realizável de melhoria da raça humana, o que corroborava com a prática atemporal das sociedades de privilegiar os dotados de inteligência e desprezar as classes intelectualmente prejudicadas. Ela tinha intrinsecamente o caráter de extinguir aqueles intelectualmente (e fisicamente) fracos. Não demorou para que Galton tivesse a adesão de outros darwinistas, que logo começaram a trabalhar a idéia de que os fortes não deveriam ajudar os fracos. Eles não só acreditavam na evitação passiva da assistência, como na tomada de medidas ativas que defendessem a seleção natural por meio da hereditariedade intelectual - eles acreditavam que inteligência se herdava. Assim, segundo ele, "as sociedades ficariam livres da mediocridade."

Na prática, a Eugenia ganhou apoio político e social e duas (ou três) classes operacionais: a primeira, considerada positiva, selecionava aqueles humanos "adequados" para se reproduzirem com mais frequência; a segunda, considerada negativa, proíbia aqueles humanos "desadequados" de se reproduzirem por meio da esterilização. A terceira classe, a qual também incluo aqui, é a da engenharia genética, que surgiria mais tarde. Em 1900, o movimento eugênico teve uma recepção calorosa nos Estados Unidos. Na década de 30, a maioria dos estados americanos adotaram a política eugênica de esterilização de sua população considerada geneticamente fraca (os defeituosos, como eram chamados), apoiados pela decisão infame da Suprema Corte americana de tornar tal política constitucional.

A Eugenia não apenas defendia a procriação apenas dos nativos "adequados," como criou um movimento anti-imigração nos anos 1910 e 1920, a fim de evitar a miscigenação da raça, com o argumento de que negros e imigrantes eram inferiores aos nativos brancos em inteligência e condição física e moral. Em 1924, a lei de Restrição a Imigrantes foi aprovada, com os eugenistas ganhando papel central no debate congressista, como os especialistas no estudo de indivíduos indevidos na sociedade americana. A tal lei reforçou a proibição da miscigenação entre nativos brancos com imigrantes e negros e defendeu a todo custo a manutenção da seleção genética humana. Nessa época, a Eugenia era vista como o grande método científico e progressista da aplicação natural do conhecimento em favor da criação e controle da evolução humana. Antropólogos como Franz Boas e H. S. Jennings, que defendiam a pluricultura e a unificação das raças, com o argumento de que todas elas tinham o seu devido valor e importância, tentaram mostrar, por meio de estudos meticulosos, que os métodos eugênicos eram falhos e representavam uma farsa em suas pretensões. Mesmo assim, a moda pegou e parecia cada vez mais fortalecida.

É claro que a Eugenia não poderia deixar de ser um dos pratos principais do banquete nazista. Com a idéia da purificação da raça ariana, a corrente capitaneada por Adolf Hitler se tornou famosa por seus inimagináveis programas eugênicos, antes e durante a Segunda Grande Guerra. Talvez aqui, a Eugenia tenha ganho seu ápice de surrealidade. Com a bandeira da "higiene racial," os nazistas desenvolveram uma ampla sorte de experimentos com a vida humana, desde testes genéticos os mais variados até à medição de características físicas ideais, como os impiedosos e terríveis experimentos com gêmeos, liderados por Joseph Mengele nos campos de concentração. Em 1933, a Alemanha esterilizou todos os seus judeus e crianças alemãs miscigenadas. Nos anos 1930 e 1940, os nazistas extenderam a esterilização a todos os alemãs considerados mental e fisicamente "defeituosos," além de literalmente matarem centenas de doentes descapacitados por meio de um institucionalizado programa de eutanásia. O novo regime hitlerista implementou uma série de políticas eugênicas para promover a raça ariana pura, uma delas exigia que mulheres consideradas aptas a pertencerem a tal raça ariana, fossem emprenhadas por oficiais da SS. O mesmo regime selecionou, segregou e sistematicamente assassinou milhares de indivíduos que não atendiam às novas exigências raciais do país. O resultado final do programa alemão de Eugenia levou ao Holocausto, com um total de seis milhões de mortes.

O ponto de reflexão nisso tudo - para que esse texto não fique apenas numa base teórica - é identificarmos a herança do método eugênico que ainda nos afeta nos dias de hoje. Não apenas cientificamente, com a possibilidade da clonagem humana, ou socialmente, através da exclusão social, promovida por muitos governos, mas, sobretudo, individualmente, com o preconceito racial. A idéia da aceitação de uma raça "condizente" com a nossa e uma "tolerância" sublimiar à pluricultura norteiam de alguma forma as relações em sociedade.

No documentário, Cohen garimpa preciosos documentos de época que servem aos seus propósitos. Uma dessas cenas, feita por um cinegrafista anônimo, registra a feira de Paris, nos anos 30. Em outra aparece os pavilhões da Alemanha nazista e da União Soviética stalinista, um de frente para o outro. A bandeira com a suástica tremulava em frente das estátuas do homem e da mulher que elevavam bem alto os símbolos da higienização racial. O nazismo e o stalinismo são os principais alvos da crítica de Cohen, pelo uso negativo que fizeram da Eugenia. A obra do sueco Peter Cohen é fundamental para entendermos muitos dos nossos atuais pecadilhos sociais, históricos, raciais e políticos, a presunção humana, a origem do preconceito, entre outras muitas distorções no entendimento da evolução humana.

sábado, 7 de novembro de 2009

Sonho e Projeção

Uma dúvida muito frequente dos alunos de Projeciologia é saber a diferença entre sonho e projeção da consciência. Embora esses estados alterados de consciência não tragam em si elementos de diferenciação muito complexos, a dúvida persiste curso a curso. Há pelo menos, segundo o livro Projeciologia, de autoria do precusor da ciência, Waldo Vieira, 33 confrontos didáticos entre o sonho natural e a projeção consciencial lúcida (ou semi-lúcida).

No sonho, o indivíduo não começa a sonhar a partir do estado de vigília física. Na projeção, vivemos uma autoconsciência contínua, desde o estado de vigília física ordinária, isto é, experimentamos a projeção antes, durante e depois da experiência projetiva. No sonho, não passamos pelo estado vibracional das bioenergias, em que sentimos o corpo vibrar como se estivesse em contato com eletricidade. Nesse estado é comum também o aparecimento de sons de descarga energética intracranianas. No sonho, não temos a lucidez para perceber a saída do corpo físico, a visualização do ambiente intrafísico enquanto projetado. No sonho, as imagens tendem a formar amálgamas de fatos desconexos, destituídos de uma lógica orgânica - com começo, meio e fim - e a consciência atua como uma espectadora dessas imagens. Na projeção, encontramos lógica no que vivemos e sentimos, mantendo a capacidade decisória no ambiente em que nos encontramos. Isso também ocorre com relação ao controle de nossas ações, pensamentos e sentimentos - com maior ou menor lucidez. Na projeção, a atividade mental transcende a que normalmente temos no estado de vigília física, não raramente com maior clareza dos fatos e, inclusive, sobre quem somos - nossa procedência, realidade multidimensional e também destino (programação existencial). No sonho, o juízo crítico fica ausente e normalmente aceitamos as situações mais absurdas como naturais (como falar com animais, encontrar toilets em desertos, subir escadas que não terminam nunca etc.), pois a mente humana não está alerta para despertar seu sentido de atenção. No sonho, não mantemos a lucidez sobre quem somos no estado de vigília física ordinária. Na projeção, mantemos maior lucidez para saber quem somos e o que estamos fazendo naquele ambiente extrafísico. Na projeção, também experimentamos senações de prazer, liberdade, bem-estar que não temos no sonho comum, onde, ao contrário, imergimos em realidades completamente diferentes daquelas em que vivemos no estado de vigília física. No sonho, as imagens são irreais, fantasiadas, quiméricas, idealizadas pelo subconsciente, derivações da realidade da consciência intrafísica e, não raramente, estados de loucura e alucinação.
O nível de intensidade dessas imagens também diferem exponencialmente. No sonho, não percebemos a intensidade real das imagens, fato que não ocorre na projeção, quando percebemos, claramente, intensidade em tudo que vivemos no plano extrafísico. No sonho, não fazemos o que queremos, apenas o que somos levados a fazer dentro de uma circunstância passiva. Na projeção, mantemos o domínio da vontade. No sonho, não reconhecemos os lugares em que estamos nem as pessoas com as quais nos relacionamos. Na projeção, há reconhecimento de lugares e consciências intra e extrafísicas, assim como o entendimento do contexto em que estamos inseridos.

Muitas outras diferenciações podem ser analisadas aqui, como reflexos, estado do corpo humano, sistemas de interiorizações, duração do experimento, frequência, padrões de energia, processos laboratoriais e de autoconhecimento etc., a lista é um pouco longa, mas a melhor análise será sempre aquela que nós mesmos experimentamos quando vivemos uma projeção da consciência. Aquele que vivencia uma projeção da consciência sabe muito bem diferenciá-la de um sonho comum. Uma ressalva, no entanto, vale a pena mencionar aqui. De acordo com minha própria vivência, em algumas projeções da consciência, houve ocorrência (muitas vezes) de certas transfigurações utilizadas pela mente as quais podem suscitar um estado onírico, mas que não são na verdade, como, por exemplo, aparecer voando com asas. Esse recurso é próprio da consciência intrafísica em estado projetivo semi-lúcido, que imagina que ela só pode voar se tiver asas. Essa muleta tende a desaparecer na medida em que o nível de lucidez durante a projeção melhora. Muitas outras muletas podem surgir no experimento da projeção da consciência. Mas, em todas elas, percebemos que estamos projetados, pois, apesar de qualquer muleta, mantemos o controle da vontade, a percepção dos sentimentos, o comando decisório e capacidade de entender as situações com razão e lógica.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Quarta Morte

Chorar a morte de entes queridos faz com que eles não morram de fato. O apego físico, no entanto, é uma carência difícil de se lidar, quando estamos incapacitados de enxergar a vida de maneira multidimensional. A morte, ainda cercada de misticismos, crenças e mistérios, permanece como um dos tabús mais resistentes do ser humano.

A partir do paradigma consciencial, utilizado pela Conscienciologia, a consciência intrafísica (o ser humano) possui vários corpos vitais: o corpo físico (soma), o corpo energético (energossoma), o psicossoma (corpo das emoções) e o mentalsoma (corpo mental). Tomando por base a evolução humana, a maneira com que lidamos com as nossas emoções determina o grau de maturidade com que não apenas compreendemos o plano astral (espiritual), mas transitamos entre este e o plano terrestre (material), através do uso do parapsiquismo - condição-base para a vivência dos fenômenos paranormais. Quanto mais evoluídos, melhor será o nosso autocontrole emocional, mais ampla será a nossa visão multidimensional, mais claramente nos comunicaremos entre planos, entendendo que somos consciências pluriexistenciais, com vínculos transitórios. Entretanto, o conhecimento espiritual que podemos alcançar hoje não é o bastante para vencer a série de existências pretéritas em que não o possuíamos. O restringimento físico é avassalador para aqueles que ainda estão enfrentando os desafios do autoconhecimento - a dolorosa fase em que descobrimos as verdades relativas de ponta da nossa própria evolução, momento em que tiramos uma polaroid da nossa condição consciencial.

Entre todas as técnicas e ferramentas que possam ser aplicadas, a fim de superar a carência inerente à imaturidade consciencial, o parapsiquismo é notoriamente a mais eficiente e eficaz para a comunicação interdimensional e um dos pilares da tridotação (os demais são a comunicabilidade e a intelectualidade). A vivência da imortalidade mostra sem sombras de dúvida que a vida segue em planos distintos e os vínculos não morrem jamais. Até mesmo as carências podem ser saciadas por seus interlocutores, não restando qualquer crença que possa invalidar tal experiência - contra fatos não há argumentos. A projeção lúcida da consciência constitui a mais avançada habilidade de que podemos fazer uso para nossa evolução.

A consciência intrafísica passa por várias mortes, cada uma delas associada à sua condição evolutiva. A primeira morte ocorre quando há o descarte do corpo físico. Os mais apegados à condição terrestre, permanecem ainda com os corpos energético e emocional após a morte física, comum aos mortos por acidentes fatais bruscos e aos irresignados à perda da matéria. Em tal condição, a consciência repugna a aceitação de que não possui mais um corpo físico, permanecendo com os mesmos apegos, retroalimentados pelas carências que possuía na vida intrafísica. A segunda morte acontece quando há o descarte do energossoma, um estágio mais avançado do nível evolutivo, mais ainda vulnerável às emoções intrafísicas. Contudo, o nível de autoconhecimento, o uso do parapsiquismo e a lucidez multidimensional adquirida na sua última vida intrafísica serão essenciais para o entendimento da sua dessoma (descarte do soma, corpo físico). A terceira morte, e a mais evoluída, acontece quando a consciência já não necessita mais do seu corpo emocional e o descarta, passando a existir apenas com o seu mentalsoma (corpo mental). O corpo das idéias, da razão e da lógica, e dos sentimentos equilibrados, constitui o mais avançado veículo de manifestação da consciência. A terceira morte ocorre apenas quando a vida intrafísica não é mais necessária, quando todos os carmas (egocarma, grupocarma e policarma) estão já superados e a evolução humana atinge seu ponto máximo.

Porém, num estágio evolutivo mais comum a todos, quando ainda fazemos uso do psicossoma, as emoções norteiam todos os condicionamentos existenciais, criam dependências, vínculos e paravínculos, permeiam as vivências intra e extrafísicas e se tornam os obstáculos principais para as superações evolutivas, no cumprimento das programações existenciais. Sob tal condição, os elos materiais se fortalecem e a comunicação interdimensional padece no restringimento físico. Não é fácil vencer as barreiras evolutivas na falta do auto e heteroconhecimento. Quando um ente querido falece, o nosso corpo físico adoece, debilitado pela carência energética na falta daquele que partiu, sente saudade, experimenta a incompreensão e a desaceitação da morte é um fato inegável. Não é tampouco fácil morrer quando há tantos que choram a nossa falta e reclamam nossa presença no mundo intrafísico. É o mesmo que sairmos para o supermercado por algumas horas, sabendo que todos em casa ficaram chorando depois que partimos. Ninguém, com um mínimo de atenção ao outro, pode viver bem nessas condições.

A quarta morte (hipotética, claro) representa justamente o descarte da imagem do dessomado junto aos seus familiares na intrafisicalidade, a qual ocorre a paritir do desvínculo afetivo, emocional, da carência e do vampirismo energético que ocorre invariavelmente nas situações de perda. Na quarta morte, libertamos a consciência, agora extrafísica, para que ela possa seguir seu caminho evolutivo no plano espiritual da melhor maneira possível, sem remorsos, tristezas, sentimentos de culpa ou perda. A morte da imagem do dessomado, promovida com a aceitação do melhor para todos, é um passo importante e fundamental para a superação das emoções em estado patológico, interprisões e psicotismos os mais variados, além de um avanço evolutivo significativo para a condição hígida de sempre pensarmos multidimensionalmente.

domingo, 1 de novembro de 2009

Entrevista com a Escritora Jackeline Bittencourt

Na última Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, visitei o stand da Hama Editora no lançamento do livro Maternidade e Antimaterinidade Lúcida - A Escolha é Sua, da escritora carioca, Jackeline Bittencourt. Na ocasião, fiz uma entrevista com a autora, gravada rudemente na minha camera digital, mas o resultado vale como registro do evento.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Antimaternidade Vista com os Olhos da Evolução

Lançado na última Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, Maternidade e Antimaterinidade Lúcida - A Escolha é Sua, da escritora carioca, Jackeline Bittencourt, cujo campo de pesquisa na Conscienciologia tem sido dedicado a investigar as implicações da condição feminina no papel de gerar filhos, tanto como valor social como pessoal, sendo o segundo na maioria das vezes como conseqüência do primeiro, o livro oferece a casuística pessoal da autora como ferramenta para a desmistificação da antimaternidade, vista aqui através de um olhar mais sóbrio, lógico e racional. E é justamente com a intenção de informar através do autoexemplo, que Jackeline preferiu uma linguagem subjetiva para contar suas experiências, narrar os percalços do amadurecimento pessoal e as vicissitudes do drama pessoal pelo qual passou, quando ainda mantinha os valores sociais no seu local de controle (LOC).

O caminho trilhado pela autora para superar as deficiências físicas que a impediam de ser mãe mostra ao leitor o quanto a busca pelo autoconhecimento é um movimento solitário, persistente e contínuo da consciência que quer evoluir. Esse caminho, que cruza a autoaceitação, exige mais disciplina e determinação dos seus empreendedores na medida em que assumem as suas escolhas, fora do escopo da massificação cultural e social pela qual somos fisgados, e, aqui, sim, sem qualquer escolha, e na qual a maternidade é um valor incontinenti. Já nos primeiros capítulos, notamos, contudo, a preocupação da autora em criar um colóquio reconciliatório consigo mesma e para com os demais, que viveram ao seu lado a fase dos embates pro-maternidade.

É possível que o trauma da obnubilação, da qual emergiu para superar seu drama pessoal, tenha perdurado até o momento em que a autora deixou de se ver como uma consciência intrafísica e transitória e passou a enxergar mais claramente a sua condição de consciência pluriexistencial, com uma programação de vida que não incluia a maternidade. Esse rompimento do que deveria-ser para o que de-fato-é foi doloroso, mas, enfim, bem sucedido. Os amparadores olham o futuro; os assediadores, o passado. Afinal de contas, não é evolutivo só fazermos aquilo que queremos, mas, sobetudo, o que precisa ser feito.

O livro está disponível nas principais livrarias, mas pode também ser adquirido no site da Hama Editora http://www.hamaeditora.com.br/index.php e na livraria do CEAEC (Centro de Altos Estudos da Consciência), em Foz do Iguaçú.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A experiência de quase-morte
(EQM) trata-se de uma projeção da consciência, ou seja, do desprendimento fisico do espírito, causado por agentes físicos, químicos ou psicológicos, geralmente comum a pacientes terminais ou sobreviventes da morte clínica.


Sobre a EQM há também relatos de experiências comprovadas em situações em que há perigo extremo, em casos de acidentes, intoxicação, anestesia, afogamento, assim como em outros casos médicos severos e traumáticos. O paciente se vê flutuando no ambiente médico onde ele repousa durante uma cirurgia ou em estado de coma. Com lucidez suficiente para racionalizar a cena, ele analisa sua nova condição, estuda o ambiente multidimensional, acompanha a cena naquele cômodo do hospital e descobre que ele não é apenas aquele corpo orgânico inerte sob os cuidados médicos. Ele é muito mais. Há igualmente relatos de quem passou por uma EQM os quais descrevem túneis e luzes intensas dividindo o ambiente intrafísico do extrafísico, passagens do aquém para o além, com cenas da sua vida, rememorizações de fatos vividos no passado terrestre e que agora podem servir para as quase inevitáveis reciclagens existenciais. A questão se repete de alguma forma. Quem passa pela experiência tende a remodelar a vida terrestre após o trauma cirúrgico ou de um coma. Tudo ganha sobrevida, uma nova força, na volta ao plano físico, como se o experimentador refizesse conceitos, valores e princípios sobre a vida e retomasse as rédeas de uma evolução mais holística, onde o concreto e o abstrato passam a acontecer de maneira inseparável.

Ainda sobre os relatos das Experiências de Quase-Morte, parece haver uma sinergia de fatos comuns a todos os experimentadores, como uma sensação íntima de paz, uma clara impressão de flutuar acima do próprio corpo, uma visão panorâmica, com a ampliação de certas percepções. Enfim, ocorre na EQM uma série de aglutinações sensitivas da consciência, apenas perceptíveis a partir de um plano mais sútil de existência. O momento em que a consciência física transcende o ambiente físico e experimenta cruzar a fronteira concreto-abstrata, ela cruza também a fronteira entre a vida e a morte física, mas percebendo que, na verdade, a morte é apenas um "abandono da couraça física," uma mudança de veículo de manisfestação, deixando o veículo físico para o extrafísico. Essa visão clara do "outro mundo" é, no entanto, reconciliatória e confortadora. Simplesmente não acabamos com a morte física. Isso nos alívia a tensão do risco de estarmos vivendo uma vida sem sentido.












sábado, 30 de maio de 2009

Amizades Crônicas

Estou cada vez mais convicto de que não fazemos amigos. Eles já existem de alguma forma e estão à nossa espera. Só nos cabe encontrá-los e reconhecê-los como tal.

Nossos amigos fazem parte da nossa holohistória consciencial, isto é, da nossa história existencial atemporal, e vêm da mesma paraprocedência, mas por mais que sejamos levados a reconhecê-los como amigos, muitas vezes nos deparamos com uma verdadeira oportunidade para entendê-los melhor e reciclar esse relacionamento pluriexistencial. Como perceber isso ? Quando os sentimentos surgem de maneira avassaladora e inquestionável, aparentemente sem sentido, e a realidade da relação em si parece seguir uma linha contra o tempo e a ordem naturais do mundo em que vivemos. Sentimos que imergimos numa realidade própria, levada por sentimentos inquebrantáveis de afetividade e emergimos numa condição em que muitas vezes não entendemos e sobre a qual não temos escolha. Simplesmente nos pegamos amando alguém e com uma ligação impressionante.

Vivemos numa amizade situações que carecem de retoques e melhorias num sistema de conhecimento mútuo contínuo e, quando repartindo um sentimento de união comum, todas essas formas de crescimento se autosustentam, vencendo os obstáculos implícitos. Mas isso não é fácil. O termo em si é dúbio. Geralmente tomamos colegas por amigos e quando descobrimos o erro a frustração é inevitável. Amizade de fato encontramos no sentido das palavras afinidade, amor, lealdade, intimidade, fraternidade, assistencialidade etc. Contudo, quando buscamos a razão ou química que dá aos nossos gestos o caráter que cada uma dessas palavras possui, não encontramos apenas no que é visível aos nossos olhos, nem no que a nossa vã sabedoria pode entender, mas no que apenas pode ser sentido, sem muitas explicações.


Apesar das diferenças, o sentido de uma amizade é desprovido da necessidade de compreensão e contido apenas na sua razão de existir.

Ter um grande amigo é uma necessidade vital que só percebemos quando encontramos aquele com quem compartilhamos os sentimentos da amizade. Mas esse processo transcende a carência afetiva comum e vai além do que nos faz falta pelo simples vício.


Sem amizade, não fazemos parcerias evolutivas, pois nos falta não apenas ferramentas de desenvolvimento pessoal mas conteúdo grupocármico. Com isolamento apenas nos mantemos num mesmo lugar. Evitar um amigo ou uma amizade é muitas vezes criarmos prisões grupocármicas. Sem amizade, casais se separam, pois a relação homem-mulher não se faz só com sexo, mas antes de mais nada, e sobretudo, com amizade. Sem amizade, a comunicação entre pessoas perde a força. Amigos encontram assuntos em comum, multiplicam interesses, cresce com o crescimento do outro, vecem junto sobstáculos assim como desfrutam bons momentos, porque é simplesmente bom estar na companhia de amigos mesmo quando não temos muito a dizer um ao outro.

Posso avaliar o valor de uma amizade, pois tenhos algumas sinceras e atemporais. Percebo o quanto elas me modificaram como pessoa de alguma forma e de maneira contínua. Vejo o quanto tive que entender cada uma de suas complexidades e me adaptar às suas intrincadas realidades, muitas vezes busquei compreensão em mim mesmo do que nos fatos externos. Entendo que ensinei tanto quanto aprendi em todos os momentos em que tive que me aprimorar como consciência em evolução. Com um sentimento que vai muito além do que a realidade física pode mostrar, justificar, explicar, um encontro de amigos verdadeiros anula o tempo dos calendários, as justificativas fáceis e numa via de mão dupla compartilha informações valiosas que refletem vidas e vidas de convivência. A velha estrada é recontruída e ambos os motoristas vão, também aos poucos, reconhecendo cada detalhe da paisagem e identificando a importância de seguir juntos aquela viagem através do tempo.
Encontrar um amigo é não mais conseguir se ver sem ele.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Desafio do Auto-enfrentamento

"Quando você olha para fora, você sonha. Quando olha para dentro, você acorda." A frase do psiquiatra suíço, Carl Jung (1875-1961), colocada à prova do tempo, certamente venceu todos os riscos do esquecimento e se apoiou na natureza humana para se legitimar e manter-se mais atualizada do que nunca, numa época notadamentre marcada pelo capitalismo materialista em que vivemos, quando planos, sonhos, desejos e objetivos, além da sobrevivência num mundo cada vez mais competitivo, leva o homem a esquecer a sua realidade interior e sua evolução pessoal.

Tendemos mais a olhar para fora do que para dentro. Esse olhar interior, entretanto, é um movimento difícil porque requer coragem. Estamos tão condicionados a interpretar a realidade à nossa volta que nossa percepção do mundo interior transformou-se num mistério o qual tende mais a nos assustar do que nos seduzir. Fugimos da nossa própria realidade não apenas porque tememos o desconhecido e não nos reconhecemos nela, como também evitamos a responsabilidade que implica o crescimento pessoal, assim como as mudanças recorrentes, inevitáveis diante deste desenvolvimento, pelas quais temos que passar. Conhecer "essas outras pessoas" que residem dentro de nós envolve auto-enfrentamento maduro, o que, a princípio, pode ameaçar à nossa felicidade, a zona de conforto na qual estamos assentados, no velho e confortável jargão "está bom assim" ou "eu não vou mudar mesmo."

Esse olhar para dentro, o qual se refere Jung, promove a auto-pesquisa, ou a pesquisa sobre nós mesmos, quem de fato somos, ou onde nossos dramas se originam e por que, e também ressalta a importância do auto-conhecimento maduro, sério, evolutivo. Esse movimento nos leva mais rápido adiante e, se continuado, mais longe. Por outro lado, a percepção da realidade externa com base em sonhos leva ao auto-engano e temos que apurar a lucidez para não deixarmos o fascínio, promovido pela falta de uma realidade concreta efetiva, guiar a nossa vida e cegar a única visão necessária: a visão de quem realmente somos.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Holocognição é o conjunto de conhecimento da consciência, adquirido ao longo de sua história existencial, armazenado na holomemória e de natureza atemporal. A partir do paradigma consciencial, o estudo da holocognição tem a finalidade de apronfundar o conhecimento da dinâmica das nossas interações energéticas e suas resultantes dimensões cognitivas.

Promover o auto-conhecimento é descortinar um universo dentro de nós mesmos, numa teia multidimensional que envolve fatos e parafatos e transcende o tempo físico. A grande aventura humana é a busca pelo conhecimento. Mas qual é o benefício de tal empreitada pessoal ? Por que valeria meus parcos e suados miolos entender algo tão complexo e universal, que vai além da dimensão física e caminha em terrenos totalmente desconhecidos e estranhos ? A resposta é simples. Porque tudo isso faz parte de você. Tudo isso é você.

Com as mudanças ininterruptas provocadas pela vivência e o conhecimento trazido através de milhões de bits de informação que apreendemos de alguma forma, ou seja, consciente ou inconscientemente, por segundo, nesse exato momento, somos a versão mais atualizada de nós mesmos. O auto-conhecimento é um medicamento eficaz contra as auto-corrupções. Isto é, contra as meras crenças que temos sobre nós mesmos, a forma equivocada que vemos os nossos universos interiores. Para entender a dinâmica por meio da qual nossas atitudes se revelam busquei alguns mecanismos motivacionais pro-evolutivos e os listei conforme segue: (1) adquirir maior lucidez para reconhecer os mecanismos de defesa do ego; (2) explicitação da necessidade de buscar conhecimento e desenvolvimento energético e parapsíquico; (3) entender a dinâmica dos pensamentos, sentimentos e enegias e como eles influenciam e são influenciados na vivência do cotidiano; (4) sentir-me estimulado à fazer auto-pesquisa e ser evolutivamente proativo; (5) otimizar o estudo mais profundo da consciência humana, colocando a prática como método de aprendizado; (6) promover desafios constantes na auto-pesquisa; (7) acelerar o processo das reciclagens existenciais; (8) compreender o amálgama de características pessoais remanescentes de vidas pretéritas, ainda atuantes na atual fase física.

Com base na noção de que o conhecimento adquirido nas vivências cotidianas, desde as nossas mais remotas origens, aloja-se em dimensões próprias, criadas nas interações energéticas, a holocognição é também um conjunto de processos evolutivos concomitantes, fonte central da nossa informação pessoal e identidade conciencial intransferível, onde os traços ainda em evolução são reconhecidos por meio da lucidez tanto na vigília física ordinária quanto nas projeções da consciências.