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sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Desafio do Auto-enfrentamento

"Quando você olha para fora, você sonha. Quando olha para dentro, você acorda." A frase do psiquiatra suíço, Carl Jung (1875-1961), colocada à prova do tempo, certamente venceu todos os riscos do esquecimento e se apoiou na natureza humana para se legitimar e manter-se mais atualizada do que nunca, numa época notadamentre marcada pelo capitalismo materialista em que vivemos, quando planos, sonhos, desejos e objetivos, além da sobrevivência num mundo cada vez mais competitivo, leva o homem a esquecer a sua realidade interior e sua evolução pessoal.

Tendemos mais a olhar para fora do que para dentro. Esse olhar interior, entretanto, é um movimento difícil porque requer coragem. Estamos tão condicionados a interpretar a realidade à nossa volta que nossa percepção do mundo interior transformou-se num mistério o qual tende mais a nos assustar do que nos seduzir. Fugimos da nossa própria realidade não apenas porque tememos o desconhecido e não nos reconhecemos nela, como também evitamos a responsabilidade que implica o crescimento pessoal, assim como as mudanças recorrentes, inevitáveis diante deste desenvolvimento, pelas quais temos que passar. Conhecer "essas outras pessoas" que residem dentro de nós envolve auto-enfrentamento maduro, o que, a princípio, pode ameaçar à nossa felicidade, a zona de conforto na qual estamos assentados, no velho e confortável jargão "está bom assim" ou "eu não vou mudar mesmo."

Esse olhar para dentro, o qual se refere Jung, promove a auto-pesquisa, ou a pesquisa sobre nós mesmos, quem de fato somos, ou onde nossos dramas se originam e por que, e também ressalta a importância do auto-conhecimento maduro, sério, evolutivo. Esse movimento nos leva mais rápido adiante e, se continuado, mais longe. Por outro lado, a percepção da realidade externa com base em sonhos leva ao auto-engano e temos que apurar a lucidez para não deixarmos o fascínio, promovido pela falta de uma realidade concreta efetiva, guiar a nossa vida e cegar a única visão necessária: a visão de quem realmente somos.

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