Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Quarta Morte

Chorar a morte de entes queridos faz com que eles não morram de fato. O apego físico, no entanto, é uma carência difícil de se lidar, quando estamos incapacitados de enxergar a vida de maneira multidimensional. A morte, ainda cercada de misticismos, crenças e mistérios, permanece como um dos tabús mais resistentes do ser humano.

A partir do paradigma consciencial, utilizado pela Conscienciologia, a consciência intrafísica (o ser humano) possui vários corpos vitais: o corpo físico (soma), o corpo energético (energossoma), o psicossoma (corpo das emoções) e o mentalsoma (corpo mental). Tomando por base a evolução humana, a maneira com que lidamos com as nossas emoções determina o grau de maturidade com que não apenas compreendemos o plano astral (espiritual), mas transitamos entre este e o plano terrestre (material), através do uso do parapsiquismo - condição-base para a vivência dos fenômenos paranormais. Quanto mais evoluídos, melhor será o nosso autocontrole emocional, mais ampla será a nossa visão multidimensional, mais claramente nos comunicaremos entre planos, entendendo que somos consciências pluriexistenciais, com vínculos transitórios. Entretanto, o conhecimento espiritual que podemos alcançar hoje não é o bastante para vencer a série de existências pretéritas em que não o possuíamos. O restringimento físico é avassalador para aqueles que ainda estão enfrentando os desafios do autoconhecimento - a dolorosa fase em que descobrimos as verdades relativas de ponta da nossa própria evolução, momento em que tiramos uma polaroid da nossa condição consciencial.

Entre todas as técnicas e ferramentas que possam ser aplicadas, a fim de superar a carência inerente à imaturidade consciencial, o parapsiquismo é notoriamente a mais eficiente e eficaz para a comunicação interdimensional e um dos pilares da tridotação (os demais são a comunicabilidade e a intelectualidade). A vivência da imortalidade mostra sem sombras de dúvida que a vida segue em planos distintos e os vínculos não morrem jamais. Até mesmo as carências podem ser saciadas por seus interlocutores, não restando qualquer crença que possa invalidar tal experiência - contra fatos não há argumentos. A projeção lúcida da consciência constitui a mais avançada habilidade de que podemos fazer uso para nossa evolução.

A consciência intrafísica passa por várias mortes, cada uma delas associada à sua condição evolutiva. A primeira morte ocorre quando há o descarte do corpo físico. Os mais apegados à condição terrestre, permanecem ainda com os corpos energético e emocional após a morte física, comum aos mortos por acidentes fatais bruscos e aos irresignados à perda da matéria. Em tal condição, a consciência repugna a aceitação de que não possui mais um corpo físico, permanecendo com os mesmos apegos, retroalimentados pelas carências que possuía na vida intrafísica. A segunda morte acontece quando há o descarte do energossoma, um estágio mais avançado do nível evolutivo, mais ainda vulnerável às emoções intrafísicas. Contudo, o nível de autoconhecimento, o uso do parapsiquismo e a lucidez multidimensional adquirida na sua última vida intrafísica serão essenciais para o entendimento da sua dessoma (descarte do soma, corpo físico). A terceira morte, e a mais evoluída, acontece quando a consciência já não necessita mais do seu corpo emocional e o descarta, passando a existir apenas com o seu mentalsoma (corpo mental). O corpo das idéias, da razão e da lógica, e dos sentimentos equilibrados, constitui o mais avançado veículo de manifestação da consciência. A terceira morte ocorre apenas quando a vida intrafísica não é mais necessária, quando todos os carmas (egocarma, grupocarma e policarma) estão já superados e a evolução humana atinge seu ponto máximo.

Porém, num estágio evolutivo mais comum a todos, quando ainda fazemos uso do psicossoma, as emoções norteiam todos os condicionamentos existenciais, criam dependências, vínculos e paravínculos, permeiam as vivências intra e extrafísicas e se tornam os obstáculos principais para as superações evolutivas, no cumprimento das programações existenciais. Sob tal condição, os elos materiais se fortalecem e a comunicação interdimensional padece no restringimento físico. Não é fácil vencer as barreiras evolutivas na falta do auto e heteroconhecimento. Quando um ente querido falece, o nosso corpo físico adoece, debilitado pela carência energética na falta daquele que partiu, sente saudade, experimenta a incompreensão e a desaceitação da morte é um fato inegável. Não é tampouco fácil morrer quando há tantos que choram a nossa falta e reclamam nossa presença no mundo intrafísico. É o mesmo que sairmos para o supermercado por algumas horas, sabendo que todos em casa ficaram chorando depois que partimos. Ninguém, com um mínimo de atenção ao outro, pode viver bem nessas condições.

A quarta morte (hipotética, claro) representa justamente o descarte da imagem do dessomado junto aos seus familiares na intrafisicalidade, a qual ocorre a paritir do desvínculo afetivo, emocional, da carência e do vampirismo energético que ocorre invariavelmente nas situações de perda. Na quarta morte, libertamos a consciência, agora extrafísica, para que ela possa seguir seu caminho evolutivo no plano espiritual da melhor maneira possível, sem remorsos, tristezas, sentimentos de culpa ou perda. A morte da imagem do dessomado, promovida com a aceitação do melhor para todos, é um passo importante e fundamental para a superação das emoções em estado patológico, interprisões e psicotismos os mais variados, além de um avanço evolutivo significativo para a condição hígida de sempre pensarmos multidimensionalmente.

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