Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

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sábado, 14 de março de 2009

A maneira como nós interpretamos nossa história pessoal de vida revela muito mais sobre nós mesmos do que poderíamos supor. Mostra o que existe nas nossas dimensões intraconscienciais

Em cada vivência criamos uma interação energética particular e assim geramos uma dimensão cognitiva, com informação, espaço e tempo próprios, uma dimensão consciencial. Em tal esfera cognitiva armazena-se parte da história consciencial, alojada na holomemória. Inúmeras dimensões são criadas todos os dias não só através das nossas interrelações, mas também na observação da realidade. Todo o conhecimento que adquirimos nessa observação é portanto conteúdo de uma dimensão consciencial particular, indivisível e indissociável. O conjunto das nossas dimensões conscienciais, dos sistemas cognitivos, os quais montam nossa história existencial, forma a holocognição.

As dimensões conscienciais interagem entre si e com o mundo exterior, estimuladas por padrões de afinidades. Com padrões energéticos que variam constantemente, cada dimensão forma todas as demais dimensões e cada uma delas está conectadas a todas as outras de alguma forma, formando assim o nosso conjunto holocognitivo. Elas são criadas continuamente e se renovam quando amadurecemos. Elas se multiplicam, surgem e desaparecem da nossa psicosfera, posto que estamos em mudança constante e ininterrupta, vivendo infinitas realidades e possibilidades de evolução.

O simples ato de pensar em alguém pode envolver uma ou várias das nossaas dimensões. Para buscarmos novos caminhos e experimentarmos novas possibilidades evolutivas é preciso conhecermos o nosso universo a fundo. Promover reciclagens de comportamento envolve várias dimensões e inúmeras realidades. Todos esses sistemas cognitivos promoverão uma explosão criativa de mudança, com energia suficiente para a readaptação (de comportamento) necessária. Por exemplo, uma reciclagem que precisamos fazer para ser professor envolve as mais diversas características pessoais necessárias para a função, como talento para ensinar, paciência, organização da informação, noção de planejamento, flexibilidade mental, criatividade, abertismo, ego e estima equilibrados entre outras. O universo intraconsciencial é 100% interconectado.

Quanto mais nos conhecemos mais possibilidades de mudança evolutiva encontraremos, mais conexões interseccionais ocorrerão, e, com isso, mais campos de trabalho pessoal surgirão. Por meio da auto-pesquisa, sabemos como nossas próprias conexões acontecem, quais mecanismos são acionados com determinados pensamentos e posturas, que sistemas revelam-se ainda precários e patológicos, quais são os traços força e traços fardos, e quais são aqueles ainda faltantes. Há alguns dias me vi em conflito com o medo. Esse velho aliado temeroso já não faz muito sentido para mim, embora tal características ainda seja uma realidade inconveniente. Esse medo é ainda um ponto recorrente das minhas patologias, provenientes de uma ou várias dimensões, de várias vidas, provavelmente por meus traumas do passado. A dificuldade é rastrear todas as dimensões onde o medo ainda perdura patologicamente falando. Esse medo intermedia idéias entre dimensões diferentes, mas com algum ponto em comum. Ele ainda é um representante cultural desses universos interiores que precisam ser reciclados. É impensável tratarmos um problema sem rastrear todas as dimensões onde ele atua. Reciclar um traço fardo requer identificar todos os focos onde a patologia se expressa de forma mais significativa e chegar à sua origem. Mas não vamos colocar isso num terreno impossível se ser encontrado. Em termos práticos, quando definitivamente mudamos um traço fardo da nossa personalidade, rastreamos e limpamos os vínculos patológicos que mantinham aquele traço ainda vigente.

Em "O Efeito Medici," Frans Johansson coloca, "simplesmente por (uma pessoa) ter consciência de que existem múltiplas maneiras de enfrentar um problema, é maior a probabilidade de ela ver qualquer situação sob perspectivas múltiplas." O simples fato de sermos seres multidimensionais e pluriexistenciais desperta em nós pensamentos, sentimentos e energias das mais variadas procedências e características, mas esse escopo de observação revela-se entretanto a visão mais lúcida que podemos ter de nós mesmos. Não temos a real noção e dimensão do nosso conhecimento e muitas vezes nem sabemos que sabemos. E estamos longe de saber porque sabemos. O instinto é uma dessas faculdades humanas que atua com informação que não temos acesso.

Aprender coisas as mais variadas, sem nos atermos a um campo do conhecimento, promoverá atitudes universalistas, idéias libertárias, pensamentos flexíveis, um abertismo mental otimizador da evolução consciencial e uma enorme possibilidade criativa. Uma grande idéia existe previamente num número indefindo de dimensões e é formada por várias origens pensênicas (pensamentos, sentimentos e energias). Cabe a nós encontrarmos a chave interseccional onde acessamos nossa informação, desde a mais remota até a mais recente da nossa história pessoal.














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