Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Juntando as Peças da Evolução

Nem sempre o que vemos é realidade. Muitas vezes criamos uma interpretação bastante peculiar dos fatos e dos outros.Como a imagem ao lado. Tudo fica estático quando olhamos atentamente. E tudo tem vida quando desviamos o olhar. Na vida, nem tudo nem todos funcionam como nós os enxergamos.

Para evoluir é preciso reunir as peças pluriexistenciais do nosso quebra-cabeça pessoal e formar a real imagem de nós mesmos. A interpretação que temos do mundo à nossa volta reflete o nosso momento evolutivo, como uma polaroid consciencial. Com auto-enfrentamento sincero, podemos ver a nossa real-idade e distingüir os traços faltantes da nossa personalidade para que as metas evolutivas sejam alcançados. Mas a essência da nossa visão do mundo reúne uma gama de informação incalculável, armazenada na nossa holomemória. Somos seres multidimensionais, por nossa capacidade de transitar nas dimensões físicas e extrafísicas, multiexistenciais, pelo escopo de aprendizado que reunimos de várias vidas, multifacetados, pelo amálgama de características e traços dessa vida intrafísica e também remanescentes de outras, mas ainda vigentes na nossa atual psicosfera, e ainda com uma capacidade inegostável de armazenar informação.

Por que é tão difícil entender o outro com uma compreensão menos comprometida com nossa maneira particular de ver o mundo ? Esquecer nosso próprio incômodo para sentir o que incomoda no outro é uma tarefa que exige entender a prioridade da assistência e deixarmos de lado o nosso super ego. Mas fugimos dessa forma de assistir pela limitação (ou dificuldade) de não enxergarmos além de nós mesmos. Pela árdua tarefa de não respeitar os limites do outro, de não querer conhecê-lo, temos a tendência de estender os nossos até à condição de fazer estupro evolutivo. Por maior que seja a ligação com alguém que, de antemão, já sabemos haver incompatibilidade evolutiva, as diferenças podem chegar a níveis tão descabidos de maturidade que essa relação tende a terminar por si só, lentamente, sem muito esforço. O que esperamos do outro passa então a ser a única realidade que conseguimos identificar na relação. A falta de lucidez para definir os limites da relação faz com que o entendimento do outro seja irreal e ele assuma aquele ideal de pessoa que criamos na imaginação. Muitas vezes não entendemos porque a resposta que recebemos é tão diferente daquela que nós esperamos. Fico indignado quando não tenho a resposta que espero do outro - como ele pode agir assim ? Como ela pôde fazer isso comigo ? Isso faz pensar que o conflito é crônico, proposital, rivalizador e jogamos a toalha justamente no momento de assistir, apoiar, ajudar, em detrimento do que poderia ser a nossa chance de fazer uma baita reconciliação.

A condição pluriexistencial das nossas relações tem por um lado aspectos extremamente seguros, como fidelidade, intimidade, afetividade profunda. Mas, por outro, algumas contra-indicações são realmente letais para os mais emocionalmente dependentes e acarretam uma espécia de afetividade negativa que tende mais a criar ou intensificar interprisões grupocármicas do que promover reconciliações. Jogamos assim nossas chances pelo ralo ao experimentar uma existência que tinha na reconciliação uma ferramenta essencial para a nossa evolução madura. Diante da frustração de encontrar um gap evolutivo, justamente com aquele indivíduo com quem tantas vidas já vivemos, não nos resta muito a fazer além de entender essa condição e seguir em frente. Insistir é perda de tempo, erro, estupro, manipulação e por aí vai. Entender e respeitar as diferenças socialmente otimiza o fluxo natural da evolução individual.

Ao assumir a postura do mais maduro e conciente, assim como ao entender a condição real de uma relação afetiva negativa, estaremos de alguma forma reconciliando com o outro. Certamente, vivendo com desprendimento, altruísmo e assistencialidade, sem cobranças, criamos um novo posicionamento mental íntimo reconciliatório, o qual nos será muito útil tanto para nossas próprias transformações pessoais quanto para as transformações que iremos promover por meio e exemplo de nossas atitudes.















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