Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Engano Neoliberal

A teoria neoliberal marcou as transformações ocorridas em escala mundial na década de 80. Os ideólogos do neoliberalismo, ou do novo liberalismo que se reeditava com base nas experiências do passado e as exigências da então economia mundial, já estavam escrevendo suas idéias desde as décadas de 50 e 60. Mas só com o fim da Guerra Fria o cenário mundial permitiu a implantação do sistema, para desespero dos países pobres e em vias de desenvolvimento.




A nova face da economia mundial, que estabelecia um retorno ao liberalismo econômico, tinha três objetivos básicos. (1) o desmonte do Estado de Bem Estar, criado com a finalidade de dar melhores condições de vida aos operários do mundo capitalista. No vácuo deste objetivo estava a intenção de anular uma possível influência comunista e o perigo de uma revolução dentro dos países capitalistas. O trem fantasma do novo sistema político mundial apresentava medidas drásticas contra a classe assalariada, como cortes de direitos conquistados, da previdência social, de salários, sistemas de saúde, de educação. Tudo passou a ser considerado como despesas do Estado que precisavam ser cortadas para baixar o custo da produção, aumentar o lucro burguês e capitalizar a economia dos países. (2) a redução da participação do Estado na vida econômica dos países, feita através de um programa de desestatização com a venda de empresas estatais, incluindo aquelas com recursos considerados estratégicos, para a iniciativa privada e grupos transnacionais. E (3) a abertura das economias em desenvolvimento para os produtos dos países desenvolvidos e o fim das barreiras alfandegárias, o que possibilitava a livre circulação das mercadorias por diversos países.

Não demorou para que os países começassem a cumprir as orientações norte-americanas e entrassem num processo de venda de todo o patrimônio público, conquistado pela luta de várias gerações antecedentes. O Brasil foi um desses países. Ao final do grande saldão das empresas estatais, os países continuaram endividados e sem ter como investir em seu crescimento e desenvolvimento. Nações em desenvolvimento, como o Brasil, não tiveram outra opção além de pedir empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, numa tentativa desesperada de reerguer suas economias. Foi assim que a instituição financeira passou a controlar as condições para os empréstimos e as metas de crescimento econômico, condição para a negociação e a obtenção do dinheiro. Com os países em desenvolvimento endividados e amarrados ao FMI, a nova realidade gerou cortes nas verbas da educação, da saúde, do sistema previdenciário e afetou também a criação de empregos e gerou recessões calamitosas, diferenças sociais, aumento da violência, da criminalidade, a destruição de famílias inteiras nos países pobres e por fim a derrocada das economias.

As consequências do neoliberalismo foram tão drásticas que o conceito de Estado-nação, fundamentado na autodeterminação dos povos e na autonomia dos países, entrou em colapso. Na nova conjuntura, não são mais os governos nacionais que decidem a forma de desenvolvimento dos seus países, mas os especuladores e financistas americanos, que passaram a determinar o destino de milhões de pessoas. Isso fazia com que os países perdessem sua capacidade de investimento e de resolução dos seus problemas sociais, que cresciam em proporções aladas. No Brasil, o governo passou a buscar meios para corrigir suas diferenças sociais e encontrou respaldo na criação de leis baseadas no que foi chamado de ações afirmativas, as quais visavam corrigir o tratamento desigual criado na sociedade.


Após o primeiro tsunami neoliberal no mundo nos anos 80 e os primeiros respingos dessa onda no Brasil recebidos no governo Collor, Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência em 1995 com a cartilha neoliberal debaixo do braço, a popularidade em alta e sem oposição relevante além daquela que havia derrotado nas últimas eleições. Ele retornou às privatizações iniciadas por Collor, com a intenção de promover um Estado mínimo, contrariou seu passado de esquerda, com o pretexto de que o mundo havia mudado, e, com isso, atualizou suas idéias de se fazer política. O programa de privatizações de FHC superou em muito o de seus antecessores. Enquanto a oposição acusava o governo de vender o país a preços promocionais, o governo, por sua vez, defendia-se com a desculpa de que as estatais só davam prejuízo e aumentavam a dívida pública, de maneira que vendê-las ia trazer dinheiro para os investimentos necessários na educação, saúde e infra-estrutura. Mas o processo de racionalização iniciado por Collor deu seus frutos mais amargos no período de FHC. A modernização e mecanização dos meios de produção extinguiam-se ao invés de criar postos de trabalho. O desemprego em seus dois governos nunca sofreu queda e o dinheiro da venda das estatais foi usado para amortizar os juros das dívidas internas e externas, que continuavam a crescer. Da intenção de alocar investimentos para a educação, saúde e infra-estrutura sobraram apenas cortes nos orçamentos destinados a essas áreas. A venda das estatais acabou por tirar do governo a condição de investir e fomentar o crescimento do país e a maior prova da falta de investimentos de recursos aconteceu no final do governo, quando houve a crise de abastecimento de energia, provocando falta e racionamento de energia elétrica em todo o país, no período conhecido por apagão.


FHC pode ter assentado as bases para a consolidação da economia ainda sob os efeitos promissores do Plano Real e de outras realizações importantes do seu governo, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada com o objetivo de conter os gastos nas administrações públicas e punir os abusos feitos com o dinheiro público. Mas o país agonizava quando Lula assumiu o poder em 2003, sem a maioria no Congresso Nacional. O país então sofria com um enorme desemprego, uma economia entrando em recessão, com o risco da volta da inflação, uma dívida pública imensa e milhares de famílias brasileiras vivendo abaixo da linha da pobreza. Eis a herança do FHC! Os recursos do país haviam sido reduzidos a quase zero, uma vez que os investidores internacionais estavam temerosos com a eleição do Lula e pararam de aplicar dinheiro por aqui até que a poeira baixasse e eles pudessem ver melhor quem era o matutão, ex-sindicalista, quase analfabeto que estava então assumindo o poder.


A herança neoliberal, um imenso cavalo de tróia para a gestão Lula, queria o fim do Estado-empresário. Para os neoliberais, as economias não crescem porque os impostos sufocam os empresários e os impedem de investirem seus recursos na economia, o que, consequentemente, impede o crescimento econômico. Assim, o desemprego assolapa as esperanças dos trabalhadores por uma vida melhor, restando apenas o sonho de que um dia, quem sabe, o país volte a crescer independentemente da existência de um estado de bem estar. O caminho do neoliberalismo foi bastante facilitado, porque, naquele momento, o mundo vivia uma crise de identidade. As democracias latino-americanas adotaram o modelo neoliberal porque sua história de dependência econômica não as permitiu recusar o modelo indicado pelos organismos financeiros internacionais.  O problema é que sociedades com graves questões de distribuição de renda e com uma população marcada por privações, de uma hora para outra, perderam o auxílio que os governos lhes concediam. O desemprego, o arrocho salarial e a falta de perspectivas de melhorias na condião de vida fizeram com que um grande número de pessoas dos países pobres buscasse atividades ilegais, informais e até criminosas como meio de sobrevivência.



A globalização tem os seus percalços drásticos em sociedades como a nossa. Não podemos destituir do atual governo, entretanto, o mérito de ter feito o país crescer economicamente desde 2004, a partir desse quadro calamitoso, e também de ter criado benefícios para as camadas mais pobres da população, mesmo que isso tenha significado tarefa da consolação, criando dependência finaceira e uma estrada para a corrupção nos órgãos públicos responsáveis pela distribuição de recursos. Uma pena que essa mesma estrada tenha extrapolado todos os limites legalmente, e eticamente, possíveis e criado a má impressão deixada por sucessivos escândalos. Mas o que nos resta agora além de dois candidatos fadados à presidência que, de alguma forma, parecem perdidos nessa estrada incerta ainda pavimentada com os remendos neoliberais? Paciência. A resposta só teremos daqui a quatro anos.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Fardo da Beatificação

Algumas figuras no cenário político brasileiro tiveram ao longo da história um respaldo popular tão fiel que se eternizaram não apenas por suas conquistas governamentais, mas, sobretudo, pelos benefícios da condição de mito criado em torno dos seus nomes. 


De Getúlio Vargas a Lula, a construção do mito pela devoção popular gerou, entretanto, mais equívocos e engodos do que mártires ilibados. Em presidentes como Jânio Quadros e Collor de Mello, por exemplo, vê-se a construção equivocada do mito ou santo. Essa vulnerabilidade herdada da religião e aplicada na política é uma crença de risco e coloca, às vesperas de mais uma eleição nacional, a questão filosófica do homem na busca perene por um salvador. Não seria exagerado comparar tal devoção àquela que se tem por ditadores como Fidel Castro de Cuba e Kim Jong il da Coréia do Norte, ou mesmo por aspirantes à ditadura como Hugo Chávez da Venezuela, em que o respeito passa a ser adoração. Afinal de contas, eles são governantes onipotentes e onipresentes, que paternizam com mão de ferro uma prole que precisa incontinenti das ordens de um comandante para caminhar, posto que ainda é incapaz de pensar sem o julgo de um líder absoluto. Talvez política e religião tenham aqui o seu ponto de confluência, uma vez que a síndrome do divino se revela na política com a mesma dependência beatifícia dos fiéis seguidores, criando, assim, para esses políticos, o papel de intercessor com o criador.

Os créditos conquistados com algumas benfeitorias populares pontuais são indeléveis para os comandados amauróticos. A massa crítica padece diante das promessas políticas na falta de uma atualização da imagem e em detrimento da postura de se buscar o melhor para todos. Mas sejamos sensatos: não podemos esperar do outro aquilo que o outro não pode nos dar. Enquanto a vulnerabilidade humana, que ainda anseia por vantagens individuais, descaracteriza o coletivo e reparte a humanidade em fragmentos conscienciais, só nos resta respeitar os limites generalizados e procurar fazer a nossa parte para o coletivo: ensinando e compartilhando ideias. Contudo, a tentativa de investigar a raiz de tal devoção na política pode gerar massa crítica em âmbito coletivo. Questionar a razão que faz a maioria do povo brasileiro tomar por divina a imagem de um presidente e ser fiel não apenas ao seu caudilho, mas a todo e qualquer um que este endorse seu apoio é um desafio construtivo. Afinal de contas, temos que nos preparar psicologicamente para uma era de governo do avatar do Lula, Dilma Rousseff.

Em época de eleição, na mesma medida em que a devoção popular por seus mitos e santos se fortalece diante dos arroubos dos palanques, nos cultos acalorados dos comícios, os políticos se empenham em chacoalhar a borra no fundo do copo do outro e a imprensa corre desesperadamente para alertar à população a não confundir essa borra com polpa de fruta. A recente história de Erenice Guerra é uma evidência disso. Erenice escalou o topo da República, levada pela mão de Dilma Rousseff, saindo da obscuridade numa diligência impensável. Não tardou muito e foi agraciada com o posto de fiel escuderia de Dilma. Ao tornar-se uma seguidora leal, absorveu prontamente o seu modus operandi e montou ela mesma o dossiê FHC na Casa Civil. Ainda sob as deconfianças de funcionária suspeita, passou ao posto de ministra, encarnando uma representação inconteste de Dilma Rousseff.

Porém, apesar de todo o escândalo há poucos dias revelado, dando conta de que um sócio do filho de Erenice achou R$ 200 mil em dinheiro em seu gabinete na Casa Civil e mesmo depois que a imprensa espalhou a notícia de que o marido de Erenice era diretor de uma empresa que ganhou o aval do governo para disputar e ganhar um negócio de R$ 100 milhões na telefonia celular, apesar do governo ter atestado que a empresa dele não tinha estrutura para o negócio, o povo continua achando que Erenice é apenas uma boa mãe e esposa fiel, deixando Dilma ilesa diante de toda essas maledicências políticas inaceitáveis. O caso de Erenice não deveria causar na opinião pública ao menos um minuto de reflexão? Parece que não, uma vez que o nosso presidente-pastor disse dias atrás, num comício petista em Campinas, que "nós (do governo) somos a opinião pública."Impressionante.

Mas como todo e bom santo sofre de vicissitudes no irremediável restringimento físico, o presidente não foge à regra. Com 84% de popularidade, segundo às últimas pesquisas de opinião, a frase do presidente não parece um desvario (será que nessas pesquisas os votos brancos e nulos contam a favor do governo?). Bem, não vamos tornar a nossa análise mais complexa do que ela já parece ser. Restam apenas 16% da população para dar ao presidente uma condição de santidade maior do que a teve e ainda tem Jesus Cristo para seus fiéis seguidores cristãos há 2010 anos! - posto que Jesus não conseguiu, ao longo desse tempo, conquistar a unanimidade. Parece inacreditável que, aos olhos do povo, essa popularidade lulista só tenha subido ao longo dos últimos anos. A conclusão desafortunada desta triste reflexão é a de que as únicas reformas imperativas e urgentes parecem longe de acontecer, pois elas nada mais são do que as reformas de caráter por parte dos políticos e de lucidez e discernimento por parte da população.

Ao escolhermos os nossos governantes não podemos endorsar a esperteza e o sucesso a qualquer custo, apoiar aqueles que destestam o trabalho social, que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal, que almejam os cabides de emprego e os cargos fantasmas, que criam infindáveis dinastias nos cargos públicos, que valorizam a justiça só quando a justiça lhes é vantajosa, que só reclamam dos privilégios quando não estão incluídos entre os privilegiados, que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado, que vendem seus votos por uma camiseta, uma dentadura ou o benefício do bolsa família, que são incapazes de refletir, comover-se e indignar-se diante das infâmias cometidas contra aqueles que realmente precisam do apoio do Estado na saúde, na educação e na segurança, que é a camada mais pobre e humanamente dependente dos órgãos federais. Não há contra-indicações no ato de refletir. A atitude de cada um em benefício de todos é assistencialidade na prática em alto nível.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um Minuto e Quatorze Segundos de Silêncio

Leandro Santos de Paula (18), é morador do conjunto habitacional Nelson Mandela, na Zona Norte do Rio de Janeiro, região pobre conhecida como Faixa de Gaza carioca. 

No ano passado, Sérgio Cabral e a então secretária de Ação Social do Rio, Benedita da Silva, apareceram em seu bairro. A visita era para comemorar um projeto habitacinal que combina entrega de notebooks para famílias carentes. Leandro não estava inscrito no programa, mas resolveu pedir um notebook para ele mesmo assim. Segundo Leandro, Sérgio Cabral prometeu entregar o seu notebook. Porém, como nenhum computador apareceu, ele resolveu cobrar. Para isso, muniu-se de uma camera de vídeo e gravou as suas cobranças. Em dezembro do ano passado, Leandro ficou sabendo que Cabral e Lula fariam uma visita em Manguinhospara inaugurar um complexo esportivo. Com sua camera, ele resolveu comparecer e acabou gravando uma conversa muito mais reveladora, pois os políticos não sabiam que estavam sendo filmados. Aqui, não havia o filtro dos assessores, a diplomacia epidérmica dos discursos oficiais, os cuidados com a imagem, nem os textos das entrevistas para a imprensa. Aqui, havia somente um garoto da classe pobre cobrando ao governador do estado e ao presidente do país algo que lhe foi prometido.

Texto: Revista Época, edição 639, 16 de agosto de 2010, páginas 13-14; Vídeo: YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=Vzg0_kSsJFc&feature=related), cedido pelo Blog do Ricardo Gama.


sábado, 18 de setembro de 2010

A Consciência do Voto

Com a aproximação da data das eleições este ano, a avalanche de promessas só é comparada à de denúncias a alguns dos candidatos políticos, restando a velha e boa pergunta: em quem posso confiar ? A priori, todo candidato deveria apresentar um curriculum de realizações e formação política, seu passado e sua conduta expressos abertamente a todos de forma a corroborar com aquilo a que ele se propõe. Isso certamente eliminaria um bom número deles, pois, nessa época, não há nada mais divertido do que assistir ao horário eleitoral. O que faz a grande maioria daqueles candidatos julgar que são capazes de assumir cargos políticos para exercer tão somente a representação das necessidades e anseios da sociedade ?  


Lamentavelmente, a impressão que se tem é a de que, em geral, o político brasileiro realmente luta para conquistar ou manter o poder, viver de mordomias e despesas pagas e pegar a sua fatia da grande pizza propineira, tendo apenas como compromisso fazer aqui e ali algumas propostas políticas estratégicas como forma de marketing pessoal para servir de ponte para o próximo mandato, visto que os problemas se repetem, as necessidades da sociedade são as mesmas e as promessas nunca foram plenamente cumpridas. O mais sério a refletir, entretanto, antes de decidirmos a quem dar o nosso voto, é sobre a veracidade das informações de abuso de poder, corrupção e mal prática política de alguns candidatos, sobretudo, aqueles que concorrem a cargos presidenciais, governamentais e congressistas.

Esta semana surgiu na internet o texto de Arnaldo Jabor, publicado no site da CBN e mais tarde retirado por ordem do presidente Lula. A jornalista Dora Kramer comentou o fato no jornal Estadão de domingo. “A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula,' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa.” Abaixo, leia o texto de Jabor na íntegra.

A Verdade Está na Cara, Mas Não se Impõe – Arnaldo Jabor

O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, 'explicáveis' demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira! Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos! Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo! Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz!

Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'! E a população ignorante engole tudo... Como é possível isso?

Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.

Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...
Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?' A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo. A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!

Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.

Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?' Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.

Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!

sábado, 11 de setembro de 2010

Auto-evolução Relevante

A vida física restringe a percepção de que a realidade à nossa volta é apenas o reflexo de um universo multidimensional complexo, de intricadas teias interrelacionais e com uma vasta história de evolução consciencial, origem de muitas das características pessoais que possuímos e utilizamos hoje.





O entendimento de que somos hoje o produto mais atualizado de nossa história pluriexistencial faz com que a maturidade consciencial assuma uma condição integral, cósmica, ampla e universalista, e, de modo lúcido, percebendo que somos uma minipeça desse maximecanismo, administramos nossas possibilidades de maneira definitivamente assistencial e pró-evolutiva.

A maturidade integral é mais do que a maturidade cronológica, psicológica e biológica. O processo de construção da maturidade psicológica e biológica se faz com o aprendizado nas experiências da vida humana, através essencialmente das atividades manuais, intelectuais e psicomotoras, no convívio social e por meio do proceso da fala. A aquisição de tais habilidades, no entanto, restringe-se ao condicionamento físico humano, ao ambiente em que o ser humano atua, ao tipo de crescimento a que é submetido e aos estímulos intelectuais oferecidos. A medida de lucidez conhecida por con, entretanto, estende a aquisição de habilidades físicas a domínios pluriexistenciais, próprios da consciência, por meio de sua holomemória. A recuperação de cons traz para o uso diário habilidades de existências pretéritas, conquistadas ao longo de muitas séries de vida física anteriores.

A holomaturidade começa quando começamos a nos perceber como 
 uma consciência em evolução num universo multidimensional.


Normalmente, a consciência na dimensão física vive sem sequer manifestar 50% do seu conhecimento pluriexistencial. Não conta com o seu próprio potencial adquirido em vidas anteriores e vive subtraída de suas funções essenciais, também conhecidas como cons magnos, elementos que serão fundamentais para o desenvolvimento e execução de sua programação existencial e sem os quais a compreensão que a consciência pode ter de si mesma torna-se alijada e parcial. O entendimento do Ciclo Multiexistencial Pessoal (CMP) envolve o conhecimento do nível evolutivo pessoal real, dos traços fardos ainda existentes no microuniverso pessoal, das potencialidades pessoais ainda não aproveitadas, a linha básica da programação existencial, a importância do parapsiquismo no atual patamar evolutivo, a importância das companhias extrafísicas e das priorizações na vida humana.

A recuperação de cons qualifica as nossas experiências intrafísicas e acelera o processo evolutivo, interferindo diretamente na maneira como lidamos com a realidade física. Quando conseguimos nos ver como uma consciência em evolução, a realidade intraconsciencial passa a priorizar a sua programação existencial, pois sabe com clareza suficiente a que veio. A holomaturidade influencia igualmente as parapercepções do universo interconsciencial e a qualidade das nossas interrelações. Além disso, submetidos à lei das afinidades, somos atraídos por nossos pares. A lucidez com que consegiumos enxergar a nossa realidade pessoal definirá a qualidade das nossas companhias intra e extrafísicas. Por outro lado, as imaturidades influenciam negativamente nossas parapercepções e nos levam ao equívico interpretativo das realidades intra e extrafísicas, quando não à cegueira intraconsciencial.

A holomaturidade influencia igualmente as parapercepções do universo 
interconsciencial e a qualidade das nossas interrelações

O Código de Cosmoética Pessoal (CPC) exerce um papel fundamental na nossa qualificação pessoal evolutiva, assim como na qualidade tanto das nossas companhias como daquilo que estimula nossos interesses. Melhoramos nossas escolhas porque elas priorizam o que deve ser feito pro-evolutivamente. Alcançamos progresso com nossas atitudes, maximizamos nossos potenciais e ampliamos nossa visão periférica com inteligência evolutiva, o que, por sua vez, faz uso coerente da teática conscienciológica - teoria e prática. A prática da Autoconscientização Multidimensional (AM) é sinal claro de que atingimos a holomaturidade.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Do Assédio Interconsciencial à Desassedialidade Permanente





O livro "Contrapontos do Parapsiquismo", da autora Cirleine Couto, lançado no último mês de junho pela editora Editares, é uma obra fundamental para entendermos o processo de superação do assédio interconsciencial rumo à desassedialidade permanente, como bem anuncia o subtítulo da obra. 

O parapsiquismo é uma função natural humana, comum a todos em maior ou menor grau, através da qual vivenciamos as percepções extrassensoriais e com a qual estabelecemos a comunicação interdimensional. Também conhecido por paranormalidade, o parapsiquismo é uma ferramenta evolutiva essencial, utilizada pela consciência para transpor os limites da realidade física a fim de alcançar maior discernimento e lucidez perante a realidade multidimensional. Para isso fazemos uso dos veículos de manifestação (soma ou corpo físico, energossoma ou corpo energético, psicossoma ou corpo das emoções e o mentalsoma ou corpo mental) e das nossas potencialidades bioenergéticas.

O parapsiquismo, que está associado à mediunidade, é uma habilidade que pode ser desenvolvida de maneira sadia pela consciência empreendedora em sua evolução pessoal. Temas relacionados ao parapsiquismo são cada vez mais comuns em livros, revistas, filmes, seriados, novelas etc., mas raramente são abordados tecnicamente. A autora Cirleine Couto apresenta o resultado de um trabalho sério de autopesquisa, com o propósito de nos mostrar de forma direta, e por vezes crua, a realidade tanto daqueles que encontram-se no período de transição de patamar evolutivo, motivados pela vontade de reciclar traços fardos da personalidade, cientes dos beneficios do investimento na evolução pessoal, quanto dos que simplesmente ignoram tudo isso imersos numa ignorância automimética.

Com uma escrita técnica arrojada e brilhantemente desenvolvida e demonstrando raro domínio do tema, a autora "utiliza a técnica de contrapontos e contrastes, explicita as condições sadias e doentias no emprego do parapsiquismo, a utilização do atributo em prol da evolução, da interassistencialidade, ou na contramão, como instrumento de manipulações conscienciais antievolutivas, além de indicar soluções e terapias para problemas, enigmas e impasses desta complexa área cognitiva humana, ainda pouco explorada cientificamente".

O parapsiquismo é em si um tema obrigatório a todos os que priorizam o autoconhecimento multidimensional e estão investindo na sua evolução pessoal. A gestação consciencial Contrapontos do Parapsiquismo é uma obra que em muito irá lhe auxiliar nesse caminho.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Profilaxia Energética

O Estado Vibracional (EV) é a ativação máxima do nosso corpo energético e dos nossos chacras e provoca um estado geral positivo e agradável.

A mobilização das energias provoca vibrações intensas que percorrem o holocracra e o psicossoma acelerando o fluxo normalmente lento das energias do corpo humano, tendo como finalidade a profilaxia energética (limpeza energética) e a descoincidência dos veículos de manifestação (soma, energossona, psicossoma, mentalsoma)

Cada veículo de manifestação vibra em intensidade diferente. O EV induz uma aceleração das vibrações dos corpos de maneira a possibilitar uma sintonia vibracional entre os veículos e promover harmonia entre eles. O EV pode acontecer de maneira espontânea, no relaxamento do corpo físico, no momento da projeção, tanto na fase da decolagem quanto no retorno à base física, assim como pode ser desencadeado pela Mobilização Básica das Energias (MBE).

O EV pode promover muitos benefícios por meio do domínio das energias, como a autodefesa energética e proteção parapsíquica, força e equilíbrio energéticos, produção das experiências fora do corpo físico, desenvolvimento da capacidade parapsíquica, eliminação de bloqueios energéticos, inigualável estado de bem estar, melhoria da qualidade dos próprios pensamentos, sentimentos e energias, a assistencialidade sadia, melhoria do uso do mentalsoma (razão, lógica, lucidez, raciocínio), entre muitos outros.

O EV é um processo profilático completamente natural e saudável, que pode ocorrer através da MBE em diferentes situações, mesmo nas mais adversas, como quando estamos em multidões, no trabalho, na rua, na sala de aula, etc. É tão importante para a limpeza energética diária quanto em preparações holossomáticas para entrevistas para emprego, apresentações, resolução de problemas, pânico, concentração, medo, onde o domínio das emoções e o uso da razão e da lucidez se faz necessário.

A MBE se faz movimentando-se as energias conscienciais pessoais da cabeça aos pés e dos pés à cabeça, em circuito fechado, a partir da vontade, intensificando-se o fluxo energético até que toda a psicosfera vibre intensamente. A MBE deve ser feita várias vezes ao dia. Porém, atenção, a minidescoincidência, estado de relaxamento, provocada pela MBE não é recomendada para quem está dirigindo, operando máquinas ou desempenhando funções que exijam grande esforço de atenção e concentração.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

Reencarnação: Chegou a Hora de Você Parar de Acreditar

Toda crença está fundada sobre algo que definitivamente não temos comprovação através da experiência. Acreditamos sempre em alguma coisa que jamais vimos ou mesmo experimentamos. Acreditamos naquilo que nos dizem, e não naquilo que nos mostram. Ao experimentarmos, descartamos o verbo acreditar e adotamos o comprovar.


Enquanto a crença é a base das religiões, ela é totalmente desconsiderada na ciência. No processo laboratorial a experiência é o único caminho para a evidência. No entanto, para a comprovação de uma evidência precisamos fazer uso do discernimento. A evidência nada mais é do que um fato confirmado. Quando julgamos a veracidade de um fato tomamos por base duas premissas essenciais: primeiro, a verdade observada na nossa experiência e, segundo, a verdade observada na experiência de outros. Nessa equação cria-se a verdade relativa de ponta, não determinista e definitiva, mas a verdade até aquele momento da realidade. É o discernimento que aceitará a verdade relativa de ponta com base nos fatos.
A vivência da reencarnação na vida física, para aquele que a experimenta, deixou há muito de ser uma teoria para se estabelecer como uma prática evolucionária multidimensional.
A teoria da reencarnação existe apenas para os céticos que ainda não passaram pela experiência pessoal de comprovação do processo reencarnatório, e que tampouco até o momento aceitaram como verdade a experiência dos outros. Tal teoria é somente válida para aqueles que monoideísticamente colocam a reencarnação no mesmo conjunto de crenças pregados pelas religiões e defendido pelo misticismo. Obviamente, esse obstáculo cresce em primeiro lugar culturalmente. A vivência da reencarnação na vida física, para aquele que a experimenta, deixou há muito de ser uma teoria para se estabelecer como uma prática evolucionária multidimensional. Vivemos na presente vida física a versão mais atualizada de nós mesmos, num movimento continuamente evolutivo. Qualquer outra hipótese faria a realidade jogar dados com o universo.
Embora a reencarnação seja um dos pontos fundamentais do Espiritismo, Hinduísmo, Budismo, Jainismo, Rosacrucianismo, da Teosofia, da filosofia platônica e do Cristianismo esotérico há na maior parte das religiões referências que poderiam lembrar a reencarnação. Diversos estudos a respeito da reencarnação datam dos seis primeiros séculos da nossa era, época em que o conceito era admitido por muitos cristãos. Só após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja. Orígenes (185-253 d.C.) influenciou bastante a teologia cristã com a idéia da reencarnação. Os escritos de Gregório de Nisa, um Bispo da igreja cristã no século IV, também defenderam o conceito de renascimento da alma. Na Bíblia, passagens do Novo Testamento, como Mateus 11:12-15, 16:13-17 e 17:10-13, Marcos 6:14-15 e 18:10-12, Lucas 9:7-9 e João 3:1-12 dão conta não apenas da imortalidade da alma, como de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação. E mesmo a tradição judaico-cristã, que hoje nega a reencarnação, apresenta provas históricas de que a evidência reencarnatória contava com adeptos no antigo Judaísmo.
A ideia da reencarnação, chamada gilgul, tornou-se comum na crença popular, como pode ser constatado na literatura iídiche entre os judeus Ashkenazi. Entre poucos cabalistas, prosperou a crença de que algumas almas humanas poderiam reencarnar em corpos não-humanos. Essas ideias foram encontradas em diversas obras cabalísticas do século XIII, assim como entre muitos escritos místicos do século XVI. A coleção de histórias de Martin Buber sobre a vida de Baal Shem Tov inclui várias que se referem a pessoas reencarnando em sucessivas vidas.
A reencarnação, ou ressoma, é atualmente estudada pelas neo-ciências Projeciologia e Conscienciologia com grande profundidade, dentro da especialidade Holorressomática, que estuda os campos da Intrafisicologia, Extrafisicologia, Parassociologia e Paracronologia. O estudo experimentológico tem não apenas nas vivências extracorpóreas, ou projetabilidade, sua fonte de pesquisa, mas igualmente inclui no entendimento holossomático da consciência as vertentes multidimensionais e pluriexistenciais. Portanto, o autoconhecimento da consciência não pode ser levado em consideração sem as variáveis multidimensionais, onde a série de vidas intrafísicas é a chave para a compreensão das origens das caracteríisticas da personalidade ora vigentes, determinando assim seu grau evolutivo.

sábado, 14 de agosto de 2010

O Avião Está Pegando Fogo !

Seja em seu contexto histórico, científico ou espiritual, a reencarnação para muitos nunca deixou de ser uma teoria sem comprovação e tampouco se livrou da alcunha de crença. O livro A Volta, lançado no Brasil pela Best Seller, acende, entretanto, uma luz no túnel dos céticos e confirma o processo reencarnatório como uma condição natural e evolutiva da consciência.

O Livro A Volta de Bruce e Andrea Leininger, escrito com a colaboração de Ken Gross, romancista e escritor de não ficção, conta a história verídica do filho do casal, James Leininger, um menino que desde os dois anos de idade passou a reviver os últimos momentos de sua vida anterior. Primeiro, sofrendo com pesadelos, e depois, narrando nomes de todos com quem conviveu e fatos que ele conseguia rememorar da época em que foi um piloto da Força Aérea Americana na Segunda Guerra Mundial. Os vídeos disponíveis no YouTube sobre este caso foi apresentado neste blog, num post lançado em (ver data).
Como apresenta Carol Bowman no prefácio do livro, o dr. Ian Stevenson, ex-diretor do Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da University of Virginia, pesquisou durante quarenta anos lembranças espontâneas de vidas passadas de crianças, começando no início da década de 1960. Em 2007, quando morreu, ele havia rigorosamente investigado e meticulosamente documentado quase 3 mil casos. Cerca de 700 dessas crianças, geralmente com menos de 5 anos, tinham recordações tão claras de vidas anteriores que s elembravam de seu antigo nome, do lugar onde tinham vivido, do nome de parentes e de detalhes muito específicos que, segundo o dr. Stevenson, eles não poderiam conhecer. Os resultados dessa pesquisa vão muito além do que podemos considerar acaso ou coincidência.

A própria Carol Bowman, autora dos livros Crianças e Suas Vidas Passadas e Return from Heaven, começou a pesquisar casos de rememoração de vidas passadas por crianças há vinte anos, depois que seus dois filhos tiveram suas próprias vívidas lembranças de vidas anteriores. O efeito cascata dos seus trabalhos não tardou a acontecer. Depois da publicação do livro Crianças e Suas Vidas Passadas, em 1997, Carol recebeu milhares de e-mails de pais cujos filhos haviam tido ou estavam tendo lembranças espontâneas de vidas passadas. A mesma resposta ele teve em seu site (WWW.reincarnationforum.com). Sengudo Carol, os casos pesquisados mostravam que o fenômeno tinha padrões repetitivos: fobias, pesadelos, talentos que não foram aprendidos, habilidades desconcertantes e demonstrações de discernimentos com relação a assuntos dos adultos que as crianças não poderiam, de maneira alguma, conhecer com apenas dois anos de idade.

No entanto, entre todos esses casos, aquele que indubitavelmente pode chancelar a evidência de que a consciência humana sobrevive à morte física e está imantada a um ciclo de existência é o de James Leininger, tema do livro A Volta. Simplesmente por apresentar fatos, e contra fatos não há argumentos. Filho de pais cristãos, e até então descrentes de qualquer coisa que não os levasse ao paraíso, e morando primeiro no interior do estado do Texas e depois no da Lousiania, James, aos 3 anos de idade, podia descrever fatos da guerra, o seu avião, nomes de amigos aviadores, oficiais, além de saber o seu próprio nome como piloto e o do porta-aviões em que serviu na época. E narrava tais fatos com uma convicção tão inabalável que as pesquisas realizadas a partir dos seus relatos trouxeram à superfície, com a ajuda de microfilmes, vídeos, diários de bordo, fotos e documentos, todo o corpo de militares do porta-aviões Natoma Bay. Todos os fatos narrados pelo menino James foram comprovados. Seu nome era James Huston Jr., piloto da Força Aérea Americana, morto na Segunda Guerra Mundial.

Livro A Volta; Editora Best Seller; 319 páginas; R$ 28,00.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Sistematização da Insegurança

A imagem do pai ao lado do corpo do filho, morto por um policial em Fortaleza, exibida no programa Fantástico da TV Globo, no último domingo, mostra, definitivamente, que a vida humana no planeta contém alto teor de crueldade.


O caso no Ceará fecha uma semana marcada pela irresponsabilidade e corrupção da Polícia, uma corporação que, por muitas razões, está longe de ser associada à segurança. Embora esses desvios anunciem já há algum tempo uma espécie de colapso na prática da segurança diária da população, a corrupção policial apenas reflete uma prática cultural muito mais ampla no país, vigente em todos os níveis da sociedade: a prática de burlar a lei e lucrar em situações que a priori não têm o propósito de oferecer vantagens.
Só nos últimos cinco anos, a Polícia Militar excluiu 1.115 servidores de seus quadros por motivo de corrupção. Um problema que se tornou, infelizmente, banal na falta de políticas de controle realmente eficientes. Porém, na última semana, os casos tomaram proporções alarmantes e se proliferaram de norte a sul do país numa seqüência notável de imprudências desmedidas.
Para o antropólogo Roberto Kant de Lima, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), o problema da corrupção surge (também) do fato de que o policial não se vê como um agente público, e sim como alguém que trabalha em função dos seus próprios interesses. Na Justiça, segundo ele, essa marca é ainda mais forte.
Depois da morte de um estudante na sala de aula, há duas semanas, no Rio de Janeiro, vítima de uma bala perdida trocada entre policiais e bandidos de um morro vizinho à escola, cujos muros e paredes estão esburacados de balas, a última semana começou com a morte por atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, ocasião em que dois policiais teriam exigido a volumosa propina de R$ 10.000,00 para liberar o atropelador imprudente.
No sábado, um vigilante disse que teve o carro rebocado em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, por não querer pagar o suborno exigido por policiais para liberar o veículo, cujo IPVA estava atrasado. Na mesma noite, outro motorista foi agredido por também se recusar a pagar propina a policiais que faziam uma blitz em Vaz Lobo. No mesmo fim de semana, um vigilante, que viajava com a mãe, foi abordado por policiais que faziam uma blitz na Rodovia Presidente Dutra, em Duque de Caxias. Com a documentação do carro irregular, ele teria sido obrigado a pagar propina e, como não fez por não ter o valor pedido pelos policiais, teve o carro rebocado sem receber nenhuma documentação de apreensão do veículo.
No domingo, o programa Fantástico mostrou uma das cenas mais fortes, tocantes e traumáticas que já vi na televisão. Viajando com o filho de 14 anos na garupa da moto, em Fortaleza, Ceará, o pai não ouviu a ordem de parar dada por um policial militar e seguiu em frente. Por conta disso, um dos policiais atirou e acertou o filho do motoqueiro. Desesperado, o pai deitou-se ao lado do corpo do filho e lá ficou, no asfalto, em estado de choque. Comovente. Na Europa e nos EUA, os policiais perseguem e interpelam com suas viaturas (possíveis) infratores de ordens policiais. Aqui, eles são parados à bala. Lamentável.
O problema da corrupção sistêmica, da violência e do despreparo dos policiais, vistos numa única semana deste mês, embora não se possa generalizá-los, não apenas revelam a incapacidade técnica e psicológica desses profissionais de lidar civilizadamente com a sociedade civil, como mostram, sobretudo, que o sistema mantido pelo governo retroalimenta a condição precária e temerária em que a corporação se encontra. A falta de recursos materiais para o trabalho, os baixos salários, a falta de treinamentos técnicos e psicológicos e a baixa qualificação de pessoal são apenas algumas das razões que fazem da Polícia em atuação no país uma das mais violentas e corruptas do mundo.
A solução para o problema da corrupção no país parece ainda utópica e jamais será encontrada sem vontade política. Não há nichos de corrupção na sociedade. Ela permeia em algum nível todas as instâncias sociais e se tornou parte da nossa cultura desde a época em que Portugal teve que alugar o país em capitanias para não perdê-lo para os franceses. O que se pode fazer desde já é tornar aos poucos a profissão de policial militar mais digna, primeiramente, para quem a exerce.
Valorizando a exposição da vida com salários dignos e recompensas legais e preparando esses homens e mulheres tecnicamente e psicologicamente, com base em princípios de civilidade, leia-se respeito ao próximo e honra do dever, pode-se chegar a algum lugar em que policiais e criminosos sejam nitidamente distintos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Paz se Faz a Cada Dia, com Pacificação Íntima

Para se fazer a paz é preciso tentar compreender a existência da guerra. A paz se faz a partir da guerra e um pouco a cada dia. Se não entendemos a guerra, será difícil mantermos a paz.

O soldado americano Mike Prysner, combatente na Guerra do Iraque, faz um testemunho comovente e verdadeiro sobre os reais motivos desta guerra em específico. E mesmo que as razões reveladas por ele já façam parte da suspeita ou certeza de muitos, as palavras de Prysner têm uma força pacifista impressionante. Segundo informação colhida no YouTube, Prysner morreu dois dias após o discurso, com a causa mortis divulgada como ataque cardíaco. Especulações dão conta de que o soldado foi assassinado (por seu discurso ?). Isso nos leva a refletir que, pior do que as guerras travadas em reais campos de batalhas, são aquelas as quais vivemos todos os dias, em campos de batalhas camuflados.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Escolha é Sua

Na escolha, a consciência encontra o livre-arbítrio e um enorme potencial de mudança. Mas as variáveis que interferem nas nossas decisões representam de fato um desejo de mudança íntima ou são apenas geradas por condições externas preexistentes ?


Criamos a nossa realidade a partir das nossas escolhas. E isso nos leva a concluir que somos hoje o produto mais atual das decisões que tomamos na série de vidas intrafísicas. A evolução humana progride em meio a infinitas possibilidades, numa rede interminável de conexões que nos influenciam em pelo menos 98% das nossas ações. Parece assustador, mas só em aproximadamente 2% das ações que realizamos asseguramos verdadeira autenticidade. Quase a totalidade dos meus pensamentos, das minhas opiniões e dos meus sentimentos sofre, em algum nível, algum grau de influência externa, seja ela intrafísica ou extrafísica, na teia multidimensional.

É certo que absorvemos uma grande quantidade de informações a cada segundo – processamos 400 bilhões de bits de informação por segundo, embora só tenhamos consciência de apenas 2 mil deles – e formulamos nossas opiniões com base sobretudo em valores e princípios. Mas restritos ao esquema intrafísico, ao aceitarmos regras estabelecidas, verdades e dogmas, seguirmos tradições, representarmos culturas e obedecermos leis irremediáveis, inevitavelmente nos entregamos ao status quo do mundo em que vivemos e pouco nos sobra de autenticidade. Passamos a ser produto deste conjunto de informações que absorvemos todos os dias e só nos resta o discernimento para diferenciar o que parece lógico e real do fantástico e irreal, num jogo de certezas e crenças que muitas vezes se confundem nas aparências.


Portanto, quem escolhe ? Quem faz as suas escolhas ? Assumimos de fato as rédeas da nossa vida ? 
Usamos o senso crítico para observar a realidade e fazemos escolhas de forma racional ? ou o quanto ainda somos vulneráveis à manipulação e ao controle externo da nossa vida ? Tenho controle sobre o que me deixa triste e sobre o que me deixa feliz ? Quem determina o meu estado de humor ? Quem cria o meu dia ? Observar e perguntar. Eis uma ótima fórmula para se fazer uma escolha razoável. "A melhor maneira de um ser humano se tornar observador é, antes de mais nada, ter a percepção ou a compreensão intelectual de que não temos que fazer sempre as mesmas escolhas, repetidamente" diz o bioquímico americano Joe Dispenza. Realmente. É preciso inovar, buscar novos conhecimentos, flexibilizar, aceitar críticas, reciclar, enfim, causar a neuroplasticidade em algum nível no cérebro. Einstein dizia que se queremos obter resultados diferentes, não podemos seguir fazemos as mesmas escolhas.


Observe, pense, reflita, use o senso crítico e o princípio da descrença: não acredite em nada, tenha suas próprias opiniões e experiências.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Autodomínio Emocional

O programa Consciência Livre, produzido pela Instituição Conscienciocêntrica Comunicons para a televisão em Foz do Iguaçu, entrevistou Ruy Bueno e Maximiliano Torres para falar de Autodomínio Emocional. O tema é de grande importância na prática da vida diária, uma vez que o uso racional das emoções qualifica nossas interrelações e otimiza nossos ganhos evolutivos.

PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3



PARTE 4



PARTE 5

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Você é um Emocionólatra ?

As emoções produzem moléculas que se ligam aos receptores das células. Tal como uma droga, essa ligação causa dependência e, com isso, incapacidade de mudar hábitos destrutivos, sentimento de impotência, ansiedade e frustração na tentativa de reciclar comportamentos patológicos.
Os usários de emoções repetitivas podem se deparar com um vício tão difícil de curar quanto o causado pelas drogas exógenas.


Texto baseado no livro Quem Somos Nós ? de William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente

O que acontece com o uso repetido de uma droga, seja ela o cigarro, a maconha ou heroína, acontece com o uso repetido da mesma emoção. As emoções produzem os peptídeos ou moléculas de emoção (MDEs), que se ligam aos receptores opióides das células, que começam a esperar, e mesmo ansiar, por aquele peptídeo específico. O corpo fica dependente daquela emoção. Tais receptores foram biologicamente preparados para receber as endorfinas, os neuropeptídeos produzidos pelo hipotálamo. Porém, em vez de receber a endorfina, a célula recebe a droga, seja ela química e artificial ou produzida por uma emoção, e se torna dependente.

A pesquisadora americana Candice Pett, Ph.D., descobriu que temos receptores específicos para a maconha. Nosso corpo produz internamente compostos químicos que dão a mesma sensação causada pela maconha. O mesmo acontece com qualquer droga. Segundo a pesquisdora, "existe dentro do corpo um composto químico análogo a cada uma das drogas e um receptor no qual ele pode se ligar. Temos uma maconha natural no corpo humana chamada endocanabinóide." As drogas exógenas (externas) se ligam na mesma rede projetada para fazer auto-regulação endógena (interna) da fisiologia. Tal rede consitui-se de MDEs. "Já há dados suficientes para sugerir que as drogas psicoativas não funcionam sem estarem ligadas a um receptor normalmente utilizado para secreções internas," diz a cientista.

Portanto, para qualquer droga externa que tenha efeito em nosso corpo existe uma contrapartida interna. Por essa razão, nosso corpo reconhece, responde e se torna dependente dessas drogas. As drogas externas usam os receptores internos feitos para receber produtos químicos internos. Aqui temos o exemplo mais direto de que concentrar num pensamento produz os neuropeptídeos adequados. O lobo central mantém aquele pensamento em particular, ativando a rede neurak específica, que envia seu sinal à nossa farmácia interna. Pensar em algo destrutivo não nos torna um ser negativo, mas se temos por hábito ter pensamentos negativos nos tornamos um dependente químico da emoção patológica.

Tal efeito pode ser visto também naqueles que gostam de acionar a adrenalina em esportes radicais, no dependente sexual que procura sensações cada vez mais bizarras, no político em busca de poder. Mas se procurarmos situações em que gostamos de sentir frequentemente determinadas emoções, esse quadro será bem mais comum do que imaginamos. O abuso constante dos compostos químicos que produzem emoções cria sítios receptores dessensibilizados para a adaptação de todos aqueles neuropeptídeos. As células não recebem uma refeição equilibrada, uma vez que recebem mais emoções de um só tipo, aqueles das quais somos dependentes, e acabam tendo uma menor nutrição.

O prazer proporcionado pelas compras, por exemplo, cria emoções ligadas ao ato de adquirir coisas novas de tal forma que a atividade se torna um vício. Contudo, quanto mais compramos, mais vontade de comprar teremos, pois as células alimentadas por essa emoção se tornam completamente dependentes da ação de comprar, até que, como um antibiótico tomado excessivamente, o alimento não mais saciará o apetite das células envolvidas e acabará como um ato simplesmente repetitivo, feito sem o prazer inicial, retroalimentado apenas pela automação. Cada vez que pararmos diante de uma vitrine, ouviremos as células gritando em coro, me alimente, me alimente!

Todos nós temos dependências emocionais de algum tipo. Isto é, as dependências emocionais são o motivo de as pessoas continuarem a criar determinadas realidades, embora uma grande minoria aceite o fato, e talvez uma minoria ainda mais significativa reconheça suas emoções repetitivas e passe a combatê-las. A única maneira de deixar para trás esses comportamentos repetitivos e as dependências emocionais é dizer: bem, o que faz eu ter essa dependência ? Se eu a criei, posso também eliminá-la. O vício nas emoções realmente parece algo assustador, posto que envolve ações corriqueiras, de rotina, essas que julgamos tão normais. Mas o hábito de comprar cria dependência na emoção das compensações materiais, o de centralizar ações cria dependências na emoção de sentir-se com poder, o de tornar-se vítima na emoção de se sentir apoiado, o de presentear na emoção de obter a simpatia dos outros e assim por diante.

"Dependência ? Não tenho nenhuma. Bem, sou viciado em algumas coisas. Como o quê ? insegurança, estresse, preocupação, mania de estar certo, controle, raiva, inflexibilidade, imposição, medo... já mencionei o estresse ?" MARK VICENTE

Ao ler sobre o emocionólatras, passei imediatamente a listar todos os hábitos que tenho e as emoções que sinto ao alimentá-los no dia-a-dia. Desde o hábito de comprar Doritos ao final do expediente até o de entrar numa livraria e levar livros e DVDs para casa, tiveram suas emoções identificadas e analisadas. O resultado foi que uma grande parte dos hábitos que tenho hoje contém emoções com as quais tenho algum nível de dependência automatizada.

Sentir prazer é saudável, posto que ninguém deve assumir que nasceu para sofrer e usar as emoções em dosagens hígidas nos mantém vivos no sentido mais positivo da palavra. Mas devemos desconfiar das atitudes que passam a assumir e controlar o nosso prazer, tornando-se repetitivas, desfrutadas pelo vício e desencadeadas pela automação. Livrar-se de um ato repetitivo envolve grande esforço, mas, como disse anteriormente, se eu criei a emoção posso também eliminá-la.

domingo, 6 de junho de 2010

Maternidade e Antimaterinidade Lúcida - A Escolha é Sua - Entrevista com a escritora carioca Jackeline Bittencourt

O livro Maternidade e Antimaterinidade Lúcida - A Escolha é Sua, da escritora carioca Jackeline Bittencourt, tem sido dedicado a investigar as implicações da condição feminina no papel de gerar filhos. O livro oferece a casuística pessoal da autora como ferramenta para a desmistificação da antimaternidade, vista aqui através de um olhar mais sóbrio, lógico e racional. E é justamente com a intenção de informar através do autoexemplo, que Jackeline preferiu uma linguagem subjetiva para contar suas experiências, narrar os percalços do amadurecimento pessoal e as vicissitudes do drama pessoal pelo qual passou, quando ainda mantinha os valores sociais no seu local de controle (LOC).

Nesta entrevista ao programa Ciência & Consciência do Tom Martins, Jackeline fala de sua obra e do caminho trilhado para superar as deficiências físicas que a impediam de ser mãe. Um caminho que cruza a autoaceitação, exige mais disciplina e determinação dos seus empreendedores na medida em que assumem as suas escolhas, fora do escopo da massificação cultural e social pela qual somos fisgados, aceitando a procriação como um valor incontinenti.

PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3



PARTE 4



PARTE 5



PARTE 6



PARTE 7



O livro está disponível nas principais livrarias, mas pode também ser adquirido no site da Hama Editora http://www.hamaeditora.com.br/index.php e na livraria do CEAEC (Centro de Altos Estudos da Consciência), em Foz do Iguaçú.

sábado, 20 de março de 2010

Técnica do Estado Vibracional (EV)

O Estado Vibracional (EV) é a técnica da otimização máxima das energias do holochacra (energossoma), através da vontade. A técnica do Estado Vibracional (EV), ou autodefesa energética, em circuito fechado, se realiza em 6 manobras básicas:

1. Fique ereto com os pés separados um do outro. Cerre as pálpebras. Deixe os braços caírem ao longo do soma (corpo físico). Dirija o fluxo da sua bioenergia, pela impulsão da vontade, da cabeça até às mãos e os pés. Se não sabe o que é bioenergia, não importa. As práticas lhe mostrarão, a breve tempo, a sua realidade energética.

2. Traga de volta o fluxo da sua energia consciencial, por sua vontade decidida, dos pés até a cabeça. Identifique, então, através das suas sensações ou vivências autocríticas, a direção do fluxo de energia de baixo para cima, contrária ao fluxo anterior.

3. Repita estes procedimentos 10 vezes, sentindo e descriminando o fluxo da energia consciencial varrendo os orgãos do seu soma. Assim começam os desbloqueios e compensações da energia consciencial em seus centros holochacrais (energossoma).

4. Aumente, gradualmente, a velocidade ou o ritmo da impulsão do fluxo da energia consciencial, por intermédio da força de sua vontade decidida.

5. Expanda, ao máximo, a intensidade ou o volume do fluxo da energia consciencial que passará a compor circuitos cada vez maiores e mais potentes, por dentro e por fora do seu soma. Você perceberá a ocorrência perfeitamente. O fato convence você da sua realidade multidimensional.

6. Instale, por fim, o EV, ou Estado Vibracional. O fluxo e o circuito fechado desaparecem. Toda a sua psicosfera energética (aura) torna-se completamente acesa, feérica ou incandescente com a energia consciencial vibrante e você sente o fato sem qualquer dúvida.

domingo, 14 de março de 2010

10 Perguntas que Incomodam

Eis 10 perguntas que incomodam, mas que precisam de respostas na tentativa de apurar o espírito científico e a independência de pensamento na busca da verdade.


1. Qual é a diferença entre um dogma e uma lei natural ?


2. Quais são os dogmas na sua vida ?

3. Como eles governam sua percepção de si mesmo e da sua realidade ?

4. Você usa o método científico na sua vida ?

5. Você sabota sua própria busca da verdade ?

6. O que significa espiritualidade para você ?

7. Qual é a diferença entre ciência e religião ?

8. Você fez a cisão entre ciência e religião na busa pela verdade ?

9. Você questiona as verdades que lê e ouve no dia-a-dia ?

10. Você vive a vida como um ser com ideias e pensamentos independentes ?



terça-feira, 9 de março de 2010

O Ato de Perguntar na Prática Científica

A ciência trabalha sobre três pilares básicos: perguntar, investigar e comprovar. Sem criar perguntas, não teremos investigação e comprovação dos fatos fica apenas no campo da crença. A importância de perguntar é crucial para a evolução humana. Nenhuma pergunta pode ser mais verdadeira do que a que fazemos a partir das lacunas da nossa realidade pessoal. Nenhuma investigação pode ser mais assertiva do que aquela desenvolvida com o auto-experimento, assim como nenhuma conclusão pode ser mais autêntica do que a chegamos depois da vivência dos fatos. Assim construímos ciência e aqui começa a necessidade de internalizar a prática científica.




As grandes perguntas fizeram surgir as grandes descobertas. Tudo que é estudado hoje surgiram de perguntas até então sem respostas. As perguntas são as causas primárias da investigação científica em todos os ramos do conhecimento. As perguntas despertam a curiosidade para experimentar, analisar e produzir novas teorias. O pesquisador em busca de um tema de pesquisa deve antes de mais nada perguntar, descobrir a sua dúvida, e internalizando a sua curiosidade, ele será o autor de um tema original.

"Quanto mais brilham as fogueiras do conhecimento,
mais a escuridão se revela a nossos olhos assombrados"
Terence McKenna


Uma grande pergunta não precisa vir de um livro de filosofia, de uma artigo científico, de uma publicação séria ou de um estudo renomado. Uma grande pergunta pode ser apenas, "o quão diferente sou hoje do que fui um ano atrás ?" A dúvida gera a investigação e consequentemente um produto de esclarecimento com idéia original. Mas por que será que é tão difícil perguntar ? Será que tememos perguntar porque isso geraria uma mudança de atitude, uma responsabilidade de ação ? A maioria das pessoas preferem permanecer na segurança do que sabe a procurar novos desafios intelectuais.

A ciência só progride porque ela evolui a partir de
perguntas que desafiam a verdade aceita por todos
em um determinado momento. (William Arntz)


Uma crise séria pode gerar uma grande pergunta. Uma doença grave pode gerar uma medida de prevenção, a morte de um parente pode gerar uma técnica para superar a tanatofobia, um fracasso nos negócios pode servir em muito ao novo empreender que pensa em se tornar autonomo no mercado, o fim de um casamento pode gerar um estudo para evitar divórcios prematuros, uma depressão casada por solidão pode ensinar uma melhor maneira de socialização. Em momentos assim temos que abandonar os preconceitos da exposição e usar o fracasso a serviço da informação assistencial.

"Umas das definições de insanidade é fazer a mesma
coisa várias vezes seguidas, esperando resultados
difetrentes" Albert Einstein


As crianças usam as perguntas de maneira exemplar. Elas são curiosas, investigam, experimentam, escolhem a partir dos seus resultados na vida diária, testam, descartam, voltam a testar, aprendem e assim criam pouco a pouco novas realidades num mar de possibilidades. Para elas, não faz mal não saber a resposta. Para o adulto comum, a criança se forma na infância, cria o seu mundo na idade da razão e tem uma energia incomparável para a investigação. Embora seja fato, isso muitas vezes é um discurso fácil de isenção de responsabilidade na descoberta novas ideias. O mundo se cria a cada dia de forma interminável. A pergunta deve surgir de uma paixão para entender e superar a curiosidade.

"Fazer a si mesmo perguntas mais profundas revela
novas maneiras de estar no mundo. A grande jogada
da vida não é saber, mas mergulhar no mistério"
Fred Allan Wolf


As verdades de hoje podem estar incorretas amanhã. As teorias se renovam e as que temos hoje podem muito bem servir para plataformas para o conhecimento futuro. Nos limitamos em aceitar as verdades como absolutas e não entendemos que o pensamento da grande maioria das pessoas não é garantia de certeza universal e definitiva. Na Idade Média, acredita-se que a Terra era plana e que o sol girava em torno dos planetas. A grande maioria das pessoas pensavam assim e todas elas estavam equivocadas. A verdade relativa de ponta é aquela que surge a partir do nosso experimento, da nossa realidade pessoal. Quando apresentsamos tal realidade, apresentamos uma obra verdadeira.

"Na evolução do verdadeiro conhecimento, a
contradição assinala o primeiro passo no progresso
em direção à vitória." Alfred North Whitehead


Todos os dias criem novas perguntas, anotem todas elas, usem catálogos de dúvidas ainda não respondidas, faça o registro das suas verdades relativas de ponta, com intenção despreocupada e interese o mais variado, que pode servir tanto para melhorar suas atividades profissionais quanto melhorar a si mesmo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Verdades Relativas

No Livro VII da obra A República, Platão fala do Mito da Caverna, um dos textos mais lidos no mundo filosófico. Platão criou a alegoria para mostrar o quanto os homens estavam presos a crendices e superstições. O texto certamente ainda é válido nos dias atuais, pois o homem nunca foi menos dependente de crendices, dogmas, superstições e paradigma retrógrados.

O mito fala de alguns homens que viviam numa caverna e ficavam voltados para o fundo dela. Eles contemplavam uma restia de luz que refletia sombras no fundo da parede da caverna. Esse era o mundo daqueles homens. Porém, certo dia, um deles resolveu mudar seu paradigma pessoal e tomou uma atitude contra aquela condição mimética de ser. Ele resolveu voltar-se para o lado de fora da caverna e inicialmente ficou cego por causa da intensa claridade da luz. Quando conseguiu enxergar, adaptando-se à nova claridade, ele vislumbrou um outro mundo, com natureza exuberante, cores vivas, imagens diferentes daquela a que ele estava acostumado até então, e imediatamente voltou para contar aos demais a sua descoberta. Infelizmente, os outros homens não acreditaram nele e, revoltados com a mentira, o mataram.

A partir da alegoria de Platão, nos colocamos diante do fato de que muitas são as cavernas em que as nossas verdades se encontram. Tais verdades podem ser classificadas como pertencentes ao universo das crenças e superstições, podem ser herdadas hierarquicamente, absorvidas em contextos sociais, emprestadas de dogmas religiosos e tradições culturais milenares. Somos um produto do meio de tal forma que este meio assume quem de fato somos, determina nossos pensamentos e condutas, molda nossa capacidade de interpretação e entendimento da realidade e nos faz consumir a vida como quem consome produtos enlatados. Sobre isso, vale a pergunta: de tudo que sei e adoto como verdade hoje, quantas dessas certezas foram criadas realmente e tão somente por mim ? e em quantas definitivamente sou um mero instrumento de crença?

O professor de Filosofia e História Geral e do Brasil, Pablo Carneiro, diz que, "ao materializar e contextualizar o entendimento desse mito platônico é possível debater sobre o resgate de valores como família, amizade, direitos humanos, solidariedade e honestidade, que podem parecer como reflexões do mundo real." A reflexão é extremamente proveitosa na re-construção da consciência, na remoldagem do pensamento, a fim de resgatar valores talvez esquecidos como originalidade e autencididade e o comando pessoal da própria vida.

O mito de Platão enfatiza a alienação humana, a falta de lucidez e a precariedade do uso do discernimento. O fundo da caverna é uma consequência do comodismo e da pre-disposição ao engano, uma clara autosabotagem que deixa as verdades relativas de ponta gravitando na órbita de novas "crenças."